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Data de Publicação: 27-02-2017

O NOVO COLLOR

Mais uma vez, o prefeito João Dória Júnior procurou o governador Geraldo  Alckmin para jurar que não é candidato a presidente da República, em 2018. Mentira ou  precipitação?

Contam-se nos dedos de uma só mão as vezes em que, na história da República, eram para valer as afirmações de presidentes da República que, quando candidatos, desmentiam suas pretensões.

Traduzindo: João Dória Júnior só não disputará o palácio do Planalto caso careça de popularidade, recursos e de um  partido que o apoie.

Quanto a concluir que dispõe de chances, é outra  conversa. Recente pesquisa revelou  ser o   alcaide paulistano conhecido de 70 dos consultados, inclusive no Nordeste.

O que parece respaldar as referências a João Dória Júnior é o mesmo fenômeno que, guardadas as proporções,  um dia alimentou a candidatura de Fernando Collor: a busca pelas elites conservadoras de um novo nome capaz de derrotar adversários desgastados, de um lado, e  de outro quem parecia disposto a virar o país de cabeça para baixo sob acusações de implantar o socialismo e sucedâneos.

Os desgastados de hoje são o próprio Alckmin, Aécio Neves, José Serra, Ciro Gomes, Marina Silva e mais classificados como  ultrapassados políticos profissionais, à maneira do que foram em 1989,  Aureliano Chaves, Ulisses Guimarães, Mário Covas, Paulo Maluf, Leonel Brizola e outros.

A [perigosa ameaça ideológica] de agora,  em condições de revogar as  linhas conservadoras  e reacionárias,  é o mesmo: o Lula, que perdeu para Collor mas,  anos depois, elegeu-se contra Serra.

Dizem  que a História só se repete como farsa, mas ressurge  o vaticínio de Marx e de Lenin: a  possibilidade  de o segundo turno das eleições do ano que vem ferir-se entre João Dória Júnior e Lula.

Um, centralizando a esperança das elites financeiras e da  parcela da classe média que se aferra ao modelo neoliberal.  Outro,  disposto a mudar as diretrizes agora impostas pelas reformas do governo Michel Temer. Claro que descontado o interregno em que  o Lula e o PT  já ocuparam o poder, fator capaz de gerar mudanças nas concepções   atuais do eleitorado. Mas, de qualquer forma, a disputa poderá travar-se entre as duas forças históricas e  conflitantes de sempre: conservadores e reformistas. (Carlos Chagas-Diario do Poder)

Foto: Diario do Poder

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