Reportagem publicada nesta quinta-feira (6) no jornal Estadão revela
que o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) rastreou a
movimentação bancária de R$ 1,2 milhão por Flávio José Carlos de Queiroz,
ex-assessor do deputado estadual e senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL-RJ),
filho do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL).
Segundo a reportagem do jornalista Fábio Serapião, o órgão
foi acionado pelo banco, que considerou a transação atípica. Relatório do Coaf
cita que os valores são incompatíveis com o patrimônio, atividade econômica ou
ocupação profissional e capacidade financeira do ex-assessor parlamentar.
Fabrício é policial militar, motorista e era segurança do
deputado. Ele foi exonerado em 15 de novembro deste ano.
O valor foi movimentado de janeiro de 2016 a janeiro de
2017, e parte em espécie. Os dados foram incluídos em investigação do
Ministério Público Federal que culminou na operação Furna da Onça, deflagrada
no mês passado. A ação prendeu dez deputados estaduais do Rio de Janeiro. Os
políticos são suspeitos de envolvimento no chamado [mensalinho] da Assembleia
Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).
Flávio Bolsonaro e Fabrício não foram alvo da operação.
Porém, o ex-assessor de Bolsonaro é citado em levantamento feito pelo Coaf a
pedido do MPF de movimentações financeiras suspeitas envolvendo funcionários e
ex-servidores da Alerj.
Segundo o relatório do Coaf, de R$ 1,2 milhão; R$ 320 foram
saques, sendo que R$ 159 sacados em agência no próprio prédio doo legislativo
estadual.
Ao Estadão, o ex-assessor de Flávio Bolsonaro disse não
saber nada sobre o assunto. O deputado estadual confirmou que Fabrício foi seu
motorista e segurança por mais de dez anos e que não tem nenhuma [informação de
qualquer fato que desabone] a conduta do ex-funcionário. Flávio disse ainda que
o ex-assessor foi exonerado para tratar de sua passagem para a [inatividade].
(Congresso em Foco).
Foto: C. Foco