NOTÍCIAS
Data de Publicação: 20-01-2019

Deixar o episcopado por carreira polí­tica é negócio?

Comenta-se que política não é para evangélico - crente, como é chamado - ou para membro de outras religiões, católicos praticantes, umbanda, ou de matrizes africanas. Isso não é verdade! A Bíblia Sagrada é clara nesse ponto, as autoridades são constituídas por Deus. A política faz parte do cotidiano de toda a comunidade, seja evangélica ou não. O que se nota é que a política partidária está invadindo as igrejas evangélicas e outros segmentos também e vem causando prejuízo espiritual em membros, congregados, seguidores de comunidades evangélicas ou cristãs.

As igrejas evangélicas transformaram-se num colegiado político, com a finalidade de eleger representantes da membresia, ou apoiar nomes de pessoas de outras denominações que lhes convenha (grupo de pastores). A política partidária entrou nas igrejas como erva daninha, foi entrando, entrando e germinou, ao ponto dos pastores, apóstolos e missionários renunciarem seus ministérios e mergulharem na política partidária.

Quando o pastor é consagrado ao ministério episcopal, normalmente ele afirma que tem a chamada de Deus para exercer o [santo ministério]. Depois de um período de atividades, começa a se apaixonar pela política partidária e vai abandonando lentamente a missão episcopal e abraça a política propriamente dita, cria grupos e grupos em congregações ou filiais, com o objetivo de alcançar um mandato no legislativo ou executivo através dos votos dos fiéis.

Mas o que causa esse desejo, deixar o episcopado para mergulhar na política partidária? É o poder político? Financeiro?  Posição social? Promoção na mídia? Fundo partidário? Emendas parlamentares? Finalmente qual seria o atrativo para os pastores abandonar o seu chamado e abraçar a política partidária?

Tem igrejas que detêm o controle de partido(s) político(s), com objetivo de indicar nomes para disputar cargos eletivos. Mas, nem sempre, as organizações evangélicas seguem um padrão. São raros os casos de comunidades com membros ou congregados, com vocação política, mas sem a oportunidade de seguir, pois, provavelmente, o pastor se lança candidato a cargo eletivo.

Líderes evangélicos, que se ausentaram do episcopado, e abraçaram a política partidária, estão hoje mergulhados em denúncias de corrupção (financeira e tantas outras), processos tramitando na justiça estadual e federal, gastando boa soma com advogados para se defender. A Bíblia revela que corrupção é pecado. Em Atos dos Apóstolos 13:37 está escrito: mas aquele a quem Deus ressuscitou nenhuma corrupção viu. Às vezes, pensamos que corrupção é só dinheiro. Mas não, é muito além.

Mandato

Eleito (pastor) para o primeiro mandato, geralmente vai se profissionalizando e não quer mais sair do cargo e, quando pensa em deixar, indica um(a) filho(a) ou um parente mais próximo. Surgem as cobranças por parte de aliados, pastores que deram apoio e querem a contrapartida, cargos, funções, participar da folha, enfim, a cobrança é ativa e é nesse momento que começa a discórdia.

O que se questiona, qual o motivo, para deixar o episcopado por uma função política partidária? O prejuízo tem sido grande para as igrejas evangélicas, as dissensões entre si (grupos) tem causado mal-estar na comunidade evangélica, ou seja, divisões ministeriais, ministérios e ministérios eclesiásticos surgiram ao longo dos anos.

A Bíblia relata nomes de personagens que fizeram parte do contexto político no Antigo Testamento, o rei Davi, José- governador do Egito, Daniel e tantos outros. Qual a diferença deles para os (pastores) que exercem cargos públicos nos dias atuais? A resposta é simples: eles não se contaminaram, ou seja, não se misturaram com os que praticavam atos que maculavam o nome de Deus. Mantiveram-se firmes em suas posições.

Na atualidade, os que têm postulado e exercido cargo político partidário não têm dado bom exemplo. Entram no mesmo jogo político e lhe causam má reputação. Temos maus exemplos no segmento evangélico no país. É só observar bem, o antes e o depois do ingresso na política, quando conclui o mandato. Vários líderes (pastores) vão responder diante de Deus e dos homens.

Antes de fazer a sua escolha, observe bem se você foi chamado para o ministério episcopal, tem desejo, ou é enviado. O apóstolo Paulo, em sua primeira carta a Timóteo 3 v 1 diz: se alguém deseja o episcopado, excelente obra deseja. O mandato tem fim, o episcopado não. Você tem promessa de trocar de vida, isto é, a vida eterna com Cristo.  Pense nisso!

Itamar Ribeiro de Souza

Pastor da Assembleia de Deus Emanuel de Feira de Santana-BA, Professor Acadêmico, Escritor, Teólogo, Pedagogo e Jornalista.

Editor do Portal de Notícias WWW.SOTEROPOLISNOTICIAS.COM.BR

 


COMPARTILHE:
COLUNISTAS
PUBLICIDADE

Publicidade
Publicidade
Publicidade
TV ALBA
TV CÂMARA
LINKS
© 2006 - 2013 itamarribeiro - A Noticia Perto de Você – Itamar Ribeiro -Todos os direitos reservados
Editor: Itamar Ribeiro - (71) 9974-0449