Investigado pelo Ministério Público do Rio de Janeiro por
[movimentação financeira atípica] em seu gabinete enquanto deputado
estadual no Rio de Janeiro, o senador eleito Jair Bolsonaro afirma que a
investigação [é ilegal] e que é contra o foro privilegiado, embora tenha usado
o artifício para pedir que o Supremo Tribunal Federal (STF) suspendesse a
investigação.
[Sou contra o foro, mas não é uma escolha minha. O foro é
por prerrogativa de função. Querendo ou não, eu tenho de entrar com o remédio legal
no órgão competente. O STF é o único órgão que pode falar qual é o foro. Não
estou me escondendo de nada nem defendendo foro privilegiado para mim. Vou onde
tiver que ir para esclarecer qualquer coisa], disse Flávio Bolsonaro em
entrevista ao Jornal da Record, na noite de sexta-feira (17).
O senador eleito disse ainda que o Ministério Público o
estava investigando ?ocultamente? desde o ano passado.
[Quando tive acesso aos autos, descobri o seguinte: que o
Ministério Público já estava me investigando ocultamente desde meados do ano
passado. E além disso, usando vários atos ilegais ao longo desse procedimento.
E pior, descobri que tive meu sigilo bancário havia sido quebrado de foram
ilegal], disse Flávio, se referindo ao relatório do Coaf (Conselho de Controle
de Atividades Financeiras).
O parlamentar é citado no procedimento aberto pelo
Ministério Público do Rio contra Fabrício Queiroz, seu ex-assessor investigado
por movimentação suspeita de R$ 1,2 milhão durante um ano, identificada pelo
Coaf.
O Ministério Público se baseia numa norma do Conselho
Nacional do Ministério Público (CNMP) que permite a solicitação de relatório de
inteligência do Coaf e tem convicção de que não configura quebra de sigilo, de
acordo com publicação do jornal Folha de São Paulo. (bahia.ba)
Foto: Rafael Wallace/Assembleia Legislativa do Rio de
Janeiro