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Data de Publicação: 05-03-2021

Cangalha do Vento chega in Angola

Em sopros dos meus dedos, libertado pelo meu uniforme pensamento, escrevo este texto que não é pretexto, mas uma humilde apresentação do que me fez sentir a leitura desse Cangalha do Vento, redigindo aqui algumas passagens para que possamos ter noção do que virá a posterior. Na verdade, é uma honra receber um convite de alguém conhecedor da matéria, e bastante crítico. Aqui temos uma literatura de ineditismo sertanejo, recorrendo aos recursos estilísticos de modo a levar-nos a compreensão do que é apresentado na arte de escrever.  Embora a visão de cada leitor é totalmente diferente, neste livro talvez seja uniforme, mesmo que a interpretação for divergente. 
 
É necessária uma visão holística, que aqui carece a hipérbole. À sua forma de criar mundos, como é demonstrado aqui nesta narrativa. Essa peculiaridade que dele vem, acaba por acarretar uma curiosidade imensurável. Para quem ainda está a questionar-se de quem me refiro. Trata-se do vento que não esqueceu de carregar sua cangalha, sempre que pudesse. Sem sombras de dúvidas que quem o ler, vontade terá, e até de mais, para devorar. Num olhar de águia fitei a cada palavra de cada texto, e só sentia desejo de adentrar a história. 
 
Trazendo consigo uma linguagem bem simplificada, a forma brasileira é claro, que eu como angolano mantive o contacto como muitas surpresas, no que tange o vocabulário.  Eram os palavreados do povo junco, o pensar e agir. Desta forma eu tinha de familiarizar-me no que estive a ler. E surgiram-me quesitos. O que tem no Cangalha do Vento? O que esta narrativa mostrará para mim? Era necessário lê-lo para ter as respostas. E começo por conhecer o José Paulo, um personagem com uma personalidade muito forte. Trabalhador, corajoso e honesto, que vivera um amor verdadeiro com a Maria, era filha de dona Anna, desde à infância. José Paulo vivia uma incerteza do lugar onde morava, devido as circunstâncias da vida, sendo um motivo que o levara a mudar-se para o Junco. 
 
Já repeti várias vezes, para descobrir o que esse Cangalha do Vento era. Não revelo aqui, mas lhe digo, algo chamou à minha atenção. O Junco.  Este termo fez-me viajar acordado, só de querer saber mais sobre o termo. Que não era, apenas um termo, mas uma história. E o que mostra neste livro um verdadeiro acontecimento para analisar e viajarmos também. A história de amor entre Fernando e Cristiane. Qualquer um se encantaria ao ter contacto com ela, culminando no surgimento de um seu filho. Que depois de várias incertezas e coisas que os pais e tios de Fernando passaram, é surgido pelo que deixava todos felizes: o amor.
 
O Cangalha do Vento não é só Cangalha, mas um livro que mostra-nos o que uma família pode fazer pelos seus. E que a verdadeira felicidade não está no lugar onde a gente nasce ou cresce, mas onde temos as pessoas certas. Fruto deste argumento foi ao verificar a forma como os personagens, tendo cada à sua personalidade, se descreviam ao decorrer da narrativa.
 
Embora que dentro da trama tudo tenha sido escrito por Fernando, que era filho de José Paulo. Mas não é possível, porque é apenas umas breves palavras solo.  Todavia, eu lhe convido a sentir a vibração, emoção e a transformação que eu senti ao ler estes contos.  Já sentia e via-o lá, de forma figurada. Sinta a Cangalha que o vento não ou se leva escangalha as letras, as palavras e agarra-se a Literatura do vento e o vento se transformando em uma novela.
 
Chavanove Gaieta, é escritor, poeta e ativista cultural angolano, natural de Maianga, na província de Luanda/Angola-África.
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