O prefeito de Salvador, Bruno Reis (DEM), disse que concorda com a participação das empresas no processo de compra das vacinas contra Covid-19. No entanto, o democrata afirmou que "desde que doem para o Plano Nacional de Imunização até atingir 50% da população" e a partir daí, poderiam vacinar os próprios colaboradores.
"Se a gente for disputar prefeituras e governos com a iniciativa privada, é impossível concorrer. Para eu comprar a vacina, tem todo um trâmite, um processo administrativo, já o setor privado, não, porque não está preso as formalidades legais. Então, isso inviabiliza a concorrência", explica o prefeito ao bahia.ba, durante conferência de imprensa, nesta quarta-feira (5).
Ainda segundo o prefeito, essa inviabilização da concorrência iria "privilegiar os mais ricos". O democrata também acrescentou que está de acordo com o projeto de lei apresentado pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), e disse que após a vacinação de 50% dos brasileiros, a iniciativa privada pode até mesmo vender as doses. Porém, Bruno Reis acredita que as empresas não conseguirão encontrar laboratórios para fechar os contratos, devido a alta demanda. (Rapahel Minho - bahia.ba).
Foto: Betto Jr/Secom/
