Questionado reiteradas vezes por senadores sobre medicamentos sem eficácia comprovada no combate a Covid-19 durante a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), o ministro da Saúde Marcelo Queiroga, foi enfático ao rechaçar o uso do chamado tratamento precoce.
Queiroga ressaltou que a discussão sobre remédios remédios como cloroquina e ivermectina está dividindo a comunidade médica, mas que o debate em torno do assunto não contribui em nada para o fim da crise sanitária.
"Foi muito me questionado sobre fármacos que ainda não há evidência científica comprovada da sua eficácia contra a Covid. Essa questão que espreita o enfrentamento da pandemia desde o início tem gerado uma forte divisão da classe médica. Por um lado aqueles que como eu, estão mais vinculados às comunidades científicas e do outro lado médicos assistencialistas, que estão na linha de frente e relatam casos de sucesso no uso desses medicamentos, o que causa uma discussão muito calorosa", contextualizou o ministro.
"Cabe procurar harmonizar para que tenhamos uma condição mais pacífica na classe médica para que possamos avançar. Essas discussões são laterais e nada contribuem para o caráter pandêmico dessa doença. O que vai pôr fim ao caráter pandêmico dessa doença, é ampliar a campanha de vacinação. Meu foco exclusivo é ampliar a campanha de vacinação no Brasil", pontuou. (Anderson Ramos - bahia.ba).
Foto: Jefferson Rudy/Agencia Senado
