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Data de Publicação: 21/10/2024

Apreensão e medo tomam conta de terceirizados da Prefeitura de Feira de Santana após eleições

Em Feira de Santana, a ansiedade e o medo dominam a rotina de milhares de trabalhadores terceirizados da prefeitura. Para eles, a euforia que veio com a reeleição do candidato do governo, José Ronaldo, do União Brasil, logo se dissipou diante de uma realidade amarga. Apenas dias após a vitória nas urnas, muitos desses funcionários foram surpreendidos por uma circular informando que seus contratos com a prefeitura estavam sendo encerrados. O aviso foi claro e devastador: todos serão desligados das empresas que prestam serviço à administração municipal a parti do dia 3 de novembro.

Esses trabalhadores, que acreditavam estar seguros em seus empregos, agora vivem em meio à incerteza. Muitos deles se dedicaram incansavelmente à campanha, confiantes de que seus esforços seriam recompensados com a continuidade de seus contratos. O apoio ao candidato do governo foi, para muitos, mais do que uma simples escolha política. Era uma aposta em seu próprio futuro e na estabilidade de suas famílias.

"Trabalhamos arduamente, com a esperança de que nossos empregos seriam mantidos. Nunca imaginamos que, logo após as eleições, seríamos jogados à incerteza", desabafa um dos terceirizados que, por medo de represálias, preferiu não se identificar.

A falta de clareza sobre o motivo dos desligamentos é um dos fatores que mais angustiam os trabalhadores. Para eles, a lógica do desligamento é difícil de entender, já que o prefeito eleito pertence ao mesmo grupo político que atualmente governa a cidade. Em suas palavras, "se o governo é de continuidade, por que estamos sendo dispensados?"

Enquanto alguns trabalhadores receberam a promessa de recontratação a partir de março de 2025, a sensação de abandono é predominante. Muitos questionam o que farão até lá, como sustentarão suas famílias e manterão seus compromissos financeiros. O vazio deixado pela falta de um posicionamento oficial agrava ainda mais a situação. A pancada é ainda mais dura devido ao período: o fim do ano. Para milhares de trabalhadores em Feira de Santana, não haverá comemoração.

Até o momento, o atual prefeito, Colbert Martins, do MDB, não se pronunciou sobre o desligamento dos terceirizados. O silêncio das autoridades, somado à ausência de explicações claras, tem alimentado um clima de insegurança e tensão. Esses trabalhadores, que outrora se viam como peças fundamentais na engrenagem do governo, agora enfrentam a dura realidade de uma despedida abrupta, sem respostas ou garantias.

A cidade de Feira de Santana, que recentemente celebrou o processo democrático com a reeleição de um governo de continuidade, agora testemunha uma crise silenciosa. Nos bastidores, são as vidas desses trabalhadores que estão em jogo, vivendo o dilema de lutar por seus empregos em meio a um silêncio que assusta e desampara.

O que resta a esses trabalhadores, para além da esperança de um retorno, é a espera por uma resposta. Uma explicação que faça sentido, que traga de volta a segurança que perderam com uma simples circular. Para muitos, março de 2025 ainda parece distante, e o tempo até lá será de apreensão e angústia. (Rota da Informação).

Foto: Divulgação/RI

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