O presidente da
Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA), deputado Angelo Coronel (PSD) encerra
seu mandato na próxima quinta-feira (31), em seguida dia 1º de fevereiro ele
toma posse como Senador da República no Congresso Nacional. Em entrevista ao
Soterópolis Notícias (SN), ele fala do seu contentamento, ao encerrar um ciclo
de sua vida, como presidente da ALBA, além de deixar registrado nos anais da
casa parlamentar, seus feitos enquanto gestor da casa, no biênio 2017/2019, da
satisfação em ter criado o plano de cargos e salários, humanizar a casa
legislativa e atender os necessitados na área social, através da Assembleia de
Carinho.
Esta semana o senhor deixa a presidência da Assembleia Legislativa, satisfeito com
os resultados de sua gestão?
A gente quando entra numa empreitada, a gente costuma dar de
tudo para acertar, digo a gente, porque eu tenho uma parceria com Eleusa, ao
longo de 41 anos de convivência, em todas as funções públicas e privadas que eu
assumi, ela sempre esteve ao meu lado. Nós temos essa parceria muito grande,
além da parceria de ordem familiar, de amor, é a mãe de meus filhos, a parceria
também é de me alertar, de cutucar, quando eu estou exagerando um pouco meu ímpeto,
eu exagero um pouco e ela tem sido um freio de mão, para puxar de vez em
quando, e esse freio de mão chama-se Eleusa. Eu saio dessa casa (ALBA), com o
dever cumprido, talvez não fui o presidente das grandes obras, mas o presidente
da maior obra que foi o congraçamento dos servidores da unidade dessa casa,
evidentemente tem algumas exceções, que talvez, por algum despeito e ainda não
deglutiram que foram derrotados há dois anos e continua beliscando, inclusive
eu quero fazer menção de um site onde
o ex-presidente Marcelo Nilo (PSB), disse que saia daqui algemado, mas não fazia
o plano de cargos e salários. Eu acho, que ele cometeu na verdade um deslize
oral sem precedente, eu vou perdoar, eu acho que todos os servidores irão
perdoá-lo, porque quando a pessoa fala sem sentir, realmente merece ser abominado.
Eu quero agradecer a todos os servidores, a todos os deputados que colaboraram
comigo, faço menção ao deputado Manassés, ele foi fundamental na minha eleição
e na minha gestão, torço que ele assuma a Câmara Federal, estamos trabalhando para
isso (PSD) e fora disso Manassés terá outros voos, se depender de mim poderá
ser o nosso prefeito de Salvador.
No campo social essa casa (ALBA) teve visibilidade em sua gestão?
No campo social fizemos algo inédito, foi a criação do
Instituto Assembleia de Carinho, idealizado por Eleusa, contou com todo meu
apoio, onde a gente humanizou essa casa, levando alguns recursos economizados,
para amenizar o sofrimento das pessoas que estavam em leitos de hospitais,
crianças em leitos aguardando transplante, no caso as crianças do hospital Ana
Nery, as crianças de câncer do GACC - Grupo de Apoio à Criança com Câncer, os
autistas da Bahia, tudo isso faz parte da maior obra. As maiores obras, não
foram mais de três mil proposições aprovadas, acho que a maior obra de nossa
gestão, foi levar a Assembleia para fazer o social, não é a função da casa fazer
o social, as Assembleias do Brasil, o parlamento do Brasil é, apreciar projetos
e votar leis, mas aqui, a gente mudou e mudamos, fica marcado nos anais da
Assembleia e nos anais dos baianos, principalmente quem recebeu algum benefício
daqui da Assembleia. Obrigado Bahia.
Como senador qual sua
contribuição para ajudar a economia do pais?
O Brasil só pode entrar nos trilhos gerando emprego,
atraindo investimentos, mais industrias, mais fábricas. Essas fábricas são
obrigadas a contratar, se contrata vai ter funcionários, esses funcionários vão
comprar mais no comércio, aí a roda fica girando com mais velocidade, então se
não fizermos isso no país, não vamos conseguir colocar esse país nos trilhos, para
isso a carga tributária precisa ser mudada. Somos o país que mais se cobra imposto
no mundo, precisamos nos espelhar nos grandes países desenvolvidos, como
Alemanha, Estados Unidos que cobra um imposto único - o IVA - Imposto sobre Valor Agregado, com isso
você paga na fonte, você não tem essa carga tributária, você hoje come mais
imposto do que o feijão que está na mesa, você bota gasolina no tanque (carro) é
mais imposto do que gasolina, isso tem que acabar no Brasil, essa vai ser minha
luta, independente do governo que esteja de plantão, não vou pra lá (Senado) balançar cabeça pra governo, não é o meu papel, entrei na Assembleia como
candidato, naquela oportunidade não tinha o apoio formal do governo, mantivemos
a nossa independência com harmonia e no Senado terá um Coronel independente. Irei
trabalhar com harmonia em prol do nosso Brasil.
Numa visão maior o
senhor luta pela presidência do Senado?
Olha eu coloquei o meu nome, vou reforçar essa semana em Brasília
são 80 votos eu preciso de 41 votos, 40 mais o meu 41, e, se eu conseguir
convencer nossos colegas, eu posso ser uma mudança no Congresso, estarei apto,
se também não conseguir, saio com uma vitória, com o meu voto, já estou
satisfeito com isso.
Conta com o apoio de
sua bancada o PSD?
Nenhum partido no Congresso tem unanimidade em suas
bancadas, todos os partidos estão divididos ou seja cada Senador é como se
fosse uma instituição independente, então, o partido no Congresso Nacional,
pesa muito pouco, nas decisões para escolher a composição da mesa, e é por isso,
que estamos com o nosso nome. Eu disse que tinha um voto e tenho mais outro
voto, do senador Otto Alencar que declarou apoio a meu nome, tenho o voto do
senador Jaques Wagner, tenho voto de mais 16 senadores do Brasil afora e vou
trabalhar para chegar e representar minha Bahia. A Bahia teve um senador que
foi presidente do Congresso Nacional, Antonio Carlos Magalhães (ACM), eu nunca
fui militante dele, mas nada seguir os passos daquele, que foi sucesso na vida
pública no passado o senador ACM. Aqui na Assembleia eu segui os passos de Otto
Alencar, no Senado eu quero seguir os passos de mais um baiano.
(Itamar Ribeiro - Editor SN)
Foto: Alba