O senador baiano Otto Alencar (PSD) em conversa com o
Soterópolis Noticias (SN), deixou claro sua posição na nova legislatura (56ª)
no Senado da República. Algumas bandeiras serão defendidas nesse período (2023), defesa do meio ambiente, em especial o rio São Francisco, os rios baianos,
aprimorar o Código Penal, contribuir para o crescimento da economia e será um
defensor da reforma da Previdência.
Qual sua bandeira
para a nova legislatura no Senado Federal?
A bandeira conhecida do povo baiano e brasileiro, começa
pela defesa intransigente pelo meio ambiente, no quesito meio ambiente rios, os
rios precisam serem preservados para as futuras gerações, se tem uma crise que
vai acontecer no futuro não é a crise de energia, temos energia renovável -
energia solar, eólica, biomassa, nuclear, mas você não tem, quem substitua o
elemento água, cada dia que passa aumenta a população e diminui a produção de
água, minha bandeira será sempre essa, sobretudo a defesa intransigente do rio
são Francisco, do rio Paraguaçu, dos rios baianos, que são de responsabilidade
do governo do estado.
Quanto ao Código Penal?
Trabalhar para aprimorar o código penal, que é muito
complacente com o crime no Brasil, creio que é o único Código Penal que
autoriza o homem ou a mulher matar, se você comete um crime e tem 18 ou 21 anos
ou mais de 70, a pena é reduzida pela metade, o código penal é muito
complacente com a criminalidade, que estamos vivendo aqui no Brasil agora,
temos uma população carcerária muito grande,
Em relação à economia?
Os índices econômicos precisam ser preservados, o Angelo
(Coronel) vai ajudar bastante nisso, a ter um desempenho bom, esperar que o
presidente da República resolva os problemas do Brasil, não com diáspora
política, diáspora doutrinária, ideológicas, mas, com ações que possam,
sobretudo cumprir o item, que ele falou na campanha, que é o item moralidade administrativa, pelo que
estou vendo não está cumprindo, começa muito mal, problemas com o filho e dele
também, enfim não é um começo de ano bom.
Quanto a reforma da
Previdência?
Minha posição sobre a previdência é muito conhecida. Eu
discordei da reforma do Michel Temer, não sei qual é a do Bolsonaro ainda, não
votarei em nenhuma reforma da previdência que aumente a contribuição acima de
35 anos, de hipótese nenhuma. Difícil para o trabalhador da iniciativa privada
esse patamar, o servidor público até consegue, mas, o peão que trabalha na construção civil, na construção pesada, no
comércio, não vai conseguir, ele não pode passar de 35 anos de contribuição. O
aumento da idade de 55 anos para mulher, que está vigorando hoje e 60 anos para
o homem, isso aí é discutível, por questões de trabalho, exige muito esforço
físico ou não, exige periculosidade, tem lugares, que a pessoa
pode contrair doenças transmitidas pelo seu trabalho, na questão da mineração e
de outras atividades de periculosidades, tudo isso tem que ser levado em conta.
Uma coisa é trabalhar no escritório, outra coisa é trabalhar na mineração,
aspirando todo dia pólvora, poeira, tendo problema nos pulmões, várias
doenças relacionadas com o trabalho e isso tem que ser levado em conta. Não
tenho menor dúvida disso, até porque essas comissões internas de proteção
chamada CIPA precisam trabalhar, para proteger o trabalhador, o trabalho tem
que ser o meio de conquistar o seu ganho, não pode ser um meio de morte, então
tudo isso é importante.
Sua especialidade na área trabalhista?
Eu tenho curso de medicina do trabalho, trabalhei muito
nisso, na implantação do Pólo Petroquímico de Camaçari, hoje um polo
industrial, conheço de perto, sei o que é isso e sei os riscos que o
trabalhador corre, trabalhando na construção pesada, na construção civil, na
mineração, todas as atividades que exige muito esforço físico das pessoas, pode
comprometer organicamente as pessoas, isto é os trabalhadores.
(Itamar Ribeiro - SN)