A passagem do ciclone Idai no sudeste da África já deixou
417 mortos, 1.528 feridos e 89 mil pessoas salvas e recolhidas nos centros de
acolhimento, em Moçambique. As informações foram divulgadas pelas autoridades
locais neste sábado (22).
De acordo com o ministro responsável pelas operações na
cidade moçambicana da Beira, Carlos Agostinho do Rosário, o aumento do número
de vítimas mortais já tinha sido admitido. Além disso, Rosário considerou que o
número de mortos vai continuar a aumentar.
Na manhã deste sábado, uma semana depois da passagem do
ciclone Idai, a ajuda internacional continua a chegar ao país. O segundo avião
da Força Aérea Portuguesa aterrou na cidade da Beira pelas 10h30. O avião
transporta uma equipa avançada de peritos da Autoridade Nacional de Proteção
Civil, agentes da Força Especial de Bombeiros, da Guarda Nacional Republicana e
do Instituto Nacional de Emergência Médica.
Buscas
A buscas aos desaparecidos e o auxílio às comunidades isoladas continuam. Só no
distrito de Búzi, em Sofala, mais de 180 mil pessoas foram afetadas pelos
fortes ventos, chuvas e inundações que atingiram também a países vizinhos, como
Madagascar, Malaui, Zimbábue e a África do Sul. Aproveitando que, em algumas
localidades, as chuvas deram uma trégua, o Instituto Nacional de Gestão de
Calamidades (INGC) está usando drones para vasculhar áreas isoladas onde
moradores ficaram sitiados.
Parte dos desabrigados estão alojados em centros de
acomodação e em escolas onde a todo instante chegam novas famílias. Ontem (22),
o governo moçambicano prometeu que, dentro de, no máximo, 48 horas, abrirá
novos centros "para aliviar as salas de aula ocupadas pelas populações que se
abrigaram nos estabelecimentos de ensino".
Foto: Reprodução/BBC