O governador em exercício,
deputado Nelson Leal, recebeu hoje (14) os diretores da Companhia Hemmer, de
Santa Catarina, que pretende investir R$ 15 milhões em uma fábrica de
processamento de pepino em conserva no município de Iuiu, no sudoeste da Bahia. "O negócio da empresa é pepino, literalmente", brincou Leal, ao atender os
diretores da empresa catarinense de alimentos, entre eles o presidente do
Conselho Consultivo, Alessandro Luef, e o gestor financeiro, Fauzi Abdel Aziz,
acompanhados da deputada estadual Ivana Bastos, do prefeito de Iuiu, Reinaldo
Góes, e de técnicos da Secretaria de Desenvolvimento Econômico.
No Vale do Iuiu, a cultura
do pepino está em grande expansão. O projeto da Hammer começou em 2017 com 14
hectares, gerando 210 empregos e faturando R$ 1milhão. Hoje, são 70 hectares
cultivados, 1.050 empregos diretos e previsão de faturamento de R$ 5 milhões. "Estou me comprometendo a advogar pelo projeto da Hammer com o governador Rui
Costa, porque acredito na agroindústria para desenvolver o interior da Bahia.
Precisamos quebrar esse modelo de concentração industrial que nós temos, todo
ele na Região Metropolitana de Salvador. O cultivo da variedade de pepino
voltada para conservas (picles) é um investimento que leva à geração de mais
empregos no campo", argumenta o governador em exercício.
O presidente da Hammer disse que
encontrou na Bahia a segurança jurídica necessária para investir e ampliar a
produção. "As alterações climáticas e o êxodo rural na nossa região fazem com
que a Hammer precise ir cada vez mais longe em busca da matéria-prima ideal,
aumentando nossos custos de logística. O nosso projeto na Bahia reduz essa
dependência. Acreditamos no potencial do Estado e o povo é trabalhador. Os
investimentos já feitos nos últimos anos comprovam os resultados", diz
Alessandro Luef.
Para a deputada Ivana Bastos, a
implantação de uma indústria de processamento da Hammer no Vale do Iuiu pode
ampliar a cadeia da agroindústria na região. "Hoje, a companhia envia
anualmente cerca de 130 carretas carregadas com pepino cultivado na Bahia para
a fábrica de Blumenau, em Santa Catarina. Com a unidade fabril na Bahia, os
custos com logística serão bastante reduzidos e a empresa poderá ampliar seu
leque de alimentos processados, como, por exemplo, palmito, pimenta, cebola e
molhos à base de frutas, como morango e manga, todos produzidos em terras
baianas", enumera Bastos.
POUCA ÁGUA
As plantações na Bahia do pepino
para conserva são irrigadas pelo sistema de gotejamento, com o consumo de pouca
água. Assim, as lavouras podem ser mantidas com água captada de poços
tubulares, sem comprometer o lençol freático. O baixo consumo hídrico também
reduz os custos da energia na irrigação, usada por mais de 90% dos agricultores
no período noturno.
Uma grande vantagem para os
plantadores de pepino, com a parceria, está na possibilidade de os produtores
plantarem sem a necessidade imediata de gastar recursos próprios ou ter que
contratar empréstimo em banco. A indústria de conservas fornece as sementes,
equipamentos de irrigação, adubo, defensivos e outros insumos para o cultivo,
além de prestar assistência técnica. A despesa é descontada posteriormente
durante o acerto da compra da produção, adquirida pela empresa fundada em 1915. (Ascom).
Foto: Ascom