O Ministério Público do Estado da
Bahia (MP-BA) denunciou na última sexta-feira (10) o ex-deputado federal Luiz
Carlos Bassuma sob suspeita de estuprar a filha adotiva, hoje com 4 anos. Ele
alega ser inocente.
A informação foi confirmada
ao bahia.ba pela assessoria do órgão na tarde desta terça
(14).
"O inquérito 56/2019 encaminhado
pela Dercca] Delegacia Especializada de Repressão a Crime Contra Criança e
Adolescente] foi recebido pelo MP, e a promotora de Justiça Eliana Bloizi
ofereceu a denúncia no último dia 10. O processo corre sob sigilo na 1ª Vara de
Feitos Relativos a Crimes contra Criança, por envolver pessoa vulnerável",
informou o MP-BA em nota.
O caso sobre os supostos abusos
sexuais foi revelado hoje pelo programa Que Venha o Povo, da TV Aratu.
Segundo a emissora, a denúncia
foi feita pela mãe da menina, Ayla Queiroz, que procurou a (Derca). Após
apuração da unidade, o inquérito policial foi enviado ao MP. O casal está
separado há dois anos e, segundo Ayla, a criança foi adota ainda bebê. A
mulher, entretanto, diz que tomou conhecimento dos supostos abusos no fim de
2017.
Procurado pela reportagem,
Bassuma classificou a acusação como ?calúnia terrível?. ?[O] Processo iniciou
em dezembro de 2017. A denunciante Ayla, inconformada com a separação e num
triste gesto de vingança, usa nossa filha adotiva provocando mais traumas com
essa criminosa falsa denúncia. Fui completamente inocentado em todas as
esferas: delegacia, Ministério Público, Justiça. O relatório do MP comprovando
toda a mentira tem 24 laudas?, escreveu Bassuma ao bahia.ba por
meio de um aplicativo de mensagem.
"Estou há mais de 500 dias sem
ver minha filha. A denunciante está há 4 meses foragida, descumprindo três
mandados de busca e apreensão emitidos pela 7° Vara de Família", diz o ex-deputado.
De acordo com o relato de Ayla ao
Que Venha o Povo, o ex-companheiro teria abusado sexualmente da filha por
diversas vezes: na casa dele, quando a criança ia passar os fins de semana; no
caminho da escola, quando ele ia buscá-la de carro e até mesmo dentro da casa
dela, onde tinha livre acesso.
Trajetória política
Em sua trajetória política,
Bassuma foi vereador, deputado estadual, deputado federal, além de candidato a
prefeito de Salvador e ao governo da Bahia.
Filiou-se a siglas como PT, PV,
PMDB, PEN, PROS, PTdoB e Avante, do qual ainda faz parte.
Em 2008, o então deputado petista
e adepto à doutrina espírita gerou polêmica na Câmara em dezembro de 2008. À
época, posicionou-se contrário à legalização do aborto no país e propôs a a
abertura da chamada ?CPI do aborto? de modo a investigar a prática clandestina.
Desagradou uma ala feminista acabou expulso do partido. (Alexandre Santos - bahia.ba).
Foto: Brizza Cavalcante/Câmara dos Deputados