Presidente da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI)
das Fake News, o senador Angelo Coronel (PSD) deve ficar frente a frente com
Carlos Bolsonaro (PSC), filho do presidente Jair Bolsonaro (PSL), nas próximas
semanas.
Isso porque o vereador deve ser convocado para prestar
depoimento no colegiado, que tem a deputada baiana Lídice da Mata (PSB) como
relatora.
Nesta sexta (06), na gravação do programa Coletiva, da TV
Câmara Salvador, Coronel revelou qual será a primeira pergunta que fará ao
vereador do Rio de Janeiro, na CPMI.
"Pergunta muito simples: você usou fake news para depreciar
adversários?", disse o senador baiano, acrescentando o recado que dará em
seguida: "Se você mentir, eu posso lhe dar voz de prisão".
Apesar do assunto causar muita controvérsia no meio
jurídico, já aconteceu em algumas oportunidades situações em que presidentes de CPIs decretaram
a prisão de quem prestava depoimento.
Em 2015, o diretor da Fundação de Ensino Superior de Olinda
(Funeso), Célio da Costa Silva, foi detido durante sessão da CPI que
investigava faculdades de Pernambuco, na Assembleia Legislativa do estado. O
presidente do colegiado, deputado Rodrigo Novaes (PSD), deu voz de prisão ao
professor, que foi conduzido pela polícia Militar para a Central de Plantões da
capital.
Antes disso, para citar outro caso, o ex-diretor
administrativo da Assembleia Legislativa do Paraná, Ricardo Neto, foi preso
acusado de mentir em depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da
Espionagem, em 2011. O presidente do colegiado, Marcelo Rangel (PPS), foi quem
deu a voz de prisão. (Breno Cunha-bahia.ba).
Foto: Agência Senado