Saúde, segurança pública, esporte e política nacional
estiveram entre os principais assuntos tratados pelos deputados na sessão
ordinária realizada na tarde desta segunda-feira (9), na Assembleia Legislativa
da Bahia (ALBA).
O deputado Capitão Alden (PSL) informou
que recebeu inúmeras manifestações de pessoas contrárias aos critérios de
seleção para o Projeto Ori Empreendedorismo ? curso ofertado pelo Instituto de
Responsabilidade e Investimento Social (Iris), a Secretaria estadual do
Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre), o Fundo de Promoção do Trabalho
Decente (Funtrad) e o Governo da Bahia ? que será realizado, em Salvador e
Feira de Santana, no mês de setembro, com certificação em empreendedorismo
emitida pela Universidade Federal da Bahia (Ufba). "Eles me mandaram várias
reportagens com exemplos de discriminação nos pré-requisitos para ingresso em
concurso ou emprego, questionando por que somente oferecer vagas neste curso
para os negros, quando se tem outras etnias necessitando se engajar no mercado
de trabalho", relatou.
Os deputados Jacó (PT) e Robinson Almeida (PT) levaram
à tribuna o caso divulgado pela imprensa mostrando que parte dos diálogos entre
os ex-presidentes Lula e Dilma Rousseff, gravados pela Operação Lava Jato, não
foram divulgados na época, distorcendo o contexto em que se deu a nomeação para
cargo de ministro. Os parlamentares levantaram a tese de que os grampos foram
manipulados, pois só teria sido divulgado o trecho que era de interesse da
força-tarefa. Almeida e Jacó também registraram a realização, no fim de semana,
do Processo de Eleições Diretas (PED) no Partido dos Trabalhadores. O pleito
define a escolha dos dirigentes para os diretórios municipais. Em sua fala,
Robinson Almeida também aplaudiu o contrato firmado entre o Esporte Clube
Vitória e a Arena Fonte Nova para que o time possa realizar seus jogos no
estádio.
Preocupado com a violência em Feira de Santana, o
deputado Pastor Tom (PSL) defendeu o aumento do efetivo da
Polícia Militar na região, além de mais equipamentos para salvaguardar o
trabalho dos agentes de Segurança Pública. Ainda de acordo com o parlamentar, a
recente entrega de viaturas pelo Governo da Bahia em Feira de Santana foi uma
renovação da frota, não representando um aumento no número de veículos que
atendem a cidade.
O deputado Hilton Coelho (Psol) manifestou
preocupação com a política de privatização adotada pelo Governo Federal. "Isso
pode sacrificar, em absoluto, qualquer projeto vindouro de afirmação do Estado
nacional brasileiro", disse o parlamentar, listando estatais que podem ser
passadas à iniciativa privada como Casa da Moeda, Telebras, Correios, DataPrev,
Serpro, Engea, dentre outras. Hilton também informou que o Sindicato dos
Trabalhadores em Correios e Telégrafos da Bahia (Sincotelba) estará à frente,
nesta terça-feira (10), de uma assembleia na Praça da Inglaterra, no Comércio,
às 19h, como parte da campanha contra a privatização dos Correios.
Retomando o debate sobre "as péssimas condições operacionais
dos ferries sob a administração da Internacional Travessias Salvador", Tiago
Correia(PSDB) anunciou que vai propor uma audiência pública
conjunta das comissões de Infraestrutura e de Defesa do Consumidor para tratar
sobre o tema.
O Dia do Veterinário foi saudado pelos deputados José de Arimateia (PRB) e Zó (PC do B). O republicano informou que, segundo o Conselho Federal de Medicina Veterinária, em 2015, o Brasil tinha a maior quantidade de veterinários do mundo, cerca de 145 mil profissionais registrados, mais de 105 mil na ativa. "Como defensor assíduo dos animais, deixo aqui registrada minha admiração por esses profissionais que fazem do seu trabalho uma verdadeira lição de amor e doação?, disse Arimateia. Já Zó fez questão de homenagear a todos os profissionais ?que tem um grande papel nesse país imenso, com características relevantes na pecuária".
Os deputados Alan Sanches (DEM) e Targino Machado
(DEM) levaram à sessão ordinária assuntos que dizem respeito à saúde
pública na Bahia. Sanches relatou que o Hospital Geral Roberto Santos, em
Salvador, estaria sem contrato para realizar exame de biópsia nos casos de
pacientes que passam por cirurgia. "Após a cirurgia, o hospital entrega esse
fragmento ao paciente para que providencie o exame de biópsia", disse o
legislador, explicando que o procedimento deveria ser feito pela própria
unidade de saúde.
Targino voltou a tratar do Plano de Assistência dos
Servidores Públicos Estaduais (Planserv). Ele leu uma reportagem do site Bahia
Notícias que compara os gastos do serviço baiano em 2018 com os números
apresentados pelo Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público do Estado
da São Paulo (Iamspe). O texto jornalístico tem como título: "Com o dobro de
usuários, atendimento a servidores de SP gastou menos que o Planserv". No
comparativo, o Planserv teve uma despesa de R$ 1,5 bilhão para atendimento dos
517 mil beneficiários. Enquanto isso, o Iamspe geriu R$ 1,2 bilhão para
fornecimento de serviços de saúde aos seus 1,3 milhão de servidores. (Agencia Alba).