A maior incidência de pobreza na população que se declara preta ou
parda tem relação com a desigualdade no rendimento por cor ou raça. Segundo
pesquisa divulgada nesta quarta-feira (13), referente ao ano de 2018, enquanto
o rendimento médio domiciliar per capita médio dos baianos brancos ficava em R$
1.122, o dos pretos ou pardos era de R$ 770 (-31,4%).
Embora ainda seja bastante significativa, essa diferença
caiu em relação a 2017, quando havia chegado a seu ponto máximo (-48,0% para
pretos ou pardos) e atingiu em 2018 o seu mais baixo patamar no estado, desde
2012.
A desigualdade no rendimento domiciliar per capita por cor
ou raça no período foi ainda maior em Salvador. Os pretos ou pardos tinham
renda média de R$ 1.386, quase metade (-47,3%) dos brancos R$ 2.628. Essa
diferença também se reduziu em relação a 2017, quando era de -62,2% e chegou a
seu menor patamar desde 2012.
O IBGE apontou ainda que, no ano passado, em todo o
país, as pessoas pretas ou pardas tinham rendimento médio domiciliar per
capita de R$ 934, frente a R$ 1.846 dos brancos (-49,4%). As diferenças no
rendimento domiciliar per capita são, por sua vez, resultado direto das
diferenças salariais por cor ou raça.
Nesse indicador, Salvador tem destaque negativo entre as
capitais brasileiras. Considerando-se todos os trabalhos, sejam eles formais ou
informais, a capital tinha, em 2018, a 6ª maior desigualdade entre o salário
médio dos pretos ou pardos (R$ 1.921) e o dos brancos (R$ 3.737): - 48,6%.
(bahia.ba).
Foto: Marcello Casal Jr./ Agência Brasil