Um agente terceirizado da Transalvador fazia exclusões irregulares de
multas, conforme dito na coletiva de imprensa para explicar detalhes da segunda
fase da Operação Freio de Arrumação, deflagrada na manhã desta segunda-feira
(2).
As infrações eram autuadas, identificadas e chegava a se materializar a
multa até que o servidor fazia a exclusão do sistema, Em cerca de três meses,
foram 444 multas excluídas, com prejuízo de R$ 84 mil aos cofres públicos. Mas
ainda não se sabe quais os ganhos obtidos pelo servidor com a irregularidade. "A gente até acha que o montante é bem maior do que isso", disse o
superintendente da Transalvador, Fabrizzio Muller. O órgão colaborou com as
investigações.
Diante das conclusões já feitas, a promotora do Grupo de Atuação Especial
de Combate às Organizações Criminosas e Investigações Criminais (Gaeco), Ana
Emanuela Rossi Meira, afirma que o agente será ouvido, afastado das suas
funções e impedido de deixar a cidade. A prisão foi solicitada, mas o
entendimento da Justiça foi de que as medidas cautelares bastariam - a operação
deflagrada mais cedo cumpriu mandados de busca e apreensão na casa dele e na
sede da Transalvador.
"Depois de deflagrada a primeira fase [em setembro], recebemos a notícia
de fato da Transalvador de que existia um agente público que estava extraindo
as multas que já tinham sido formalizadas. Iniciamos no mês de setembro as
investigações e mapeamos", explicou a promotora.
O servidor trabalhava no órgão pelo menos desde 2008 e, fora esse caso de
agora, não tinha nenhuma outra investigação interna. Ele era um assistente
operacional que atuava no setor de processamento de multas. (Atualizada
às 11h29) ? (Ailma Teixeira / João Brandão ? Bahia Notícias).
Foto: Ailma Teixeira / Bahia Notícias