O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, admitiu nesta
segunda-feira 21, que o governo sabe que o debate sobre o Orçamento de 2016
será [difícil]. [Porque é lógico que, toda vez que você tem uma desaceleração
econômica, há um sacrifício de todo mundo, um esforço de todo mundo, e o
esforço nunca é pequeno, mas, enfim, é uma discussão muito importante para a
gente dar rumo], disse.
Para Levy, é preciso ter o entendimento sobre o esforço que
todas as medidas de ajuste significam para uma causa importante. [A gente tem
que equilibrar nossa economia, botá-la em condições de voltar a crescer],
destacou.
O ministro afirmou ainda que as novas medidas de ajuste
fiscal anunciadas na última semana devem ser enviadas ao Congresso nesta
segunda-feira. [Isso deve ser feito oportunamente, acho que ainda hoje], disse
ele, após reunião com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL).
Levy evitou comentar se a reedição da CPMF, que faz parte do
pacote, será enviada em forma de Proposta de Emenda à Constituição. Nesse
formato, o texto precisaria da aprovação de pelo menos 308 votos do deputados
em dois turnos, algo considerado difícil, já que a base governista está
fragilizada. [Vai ser uma decisão de governo], respondeu.
O ministro voltou a dizer que as medidas do pacote são
importantes para equilibrar a economia. Ele afirmou que o encontro com Renan
foi informal e tratou da [Agenda Brasil], com propostas de fortalecimento da
economia. Segundo ele, o governo vai enviar [brevemente] ao Congresso o projeto
que trata da unificação do PIS/Cofins. [É muito importante para simplificar a
vida das empresas, para dar segurança jurídica, dar transparência e ajudar o
crescimento”, disse. (AE)
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