O empresário e delator Joesley Batista, principal acionista
do grupo JBS, afirmou em depoimento que os saldos das contas vinculadas a Lula
e Dilma eram formados pelos ajustes sucessivos de propina do esquema BNDES e do
esquema-gêmeo, que funcionava no âmbito dos fundos Petros e Funcef; que esses
saldos somavam, em 2014, cerca de US$150 milhões.
Em outra ocasião, em novembro de 2014, Joesley disse que [depois
de receber solicitações insistentes para o pagamento de R$30 milhões para
Fernando Pimentel, governador eleito de Minas Gerais, veiculadas por Edinho
Silva (tesoureiro da campanha de Dilma em 2014), e de receber de Guido Mantega
a informação de que [isso é com ela], solicitou audiência com Dilma].
[Dilma recebeu o depoente no Palácio do Planalto; que o
depoente relatou, então, que o governador eleito de MG, Fernando Pimentel
estava solicitando, por intermédio de Edinho Silva, R$30 milhões, mas que,
atendida essa solicitação, o saldo das duas contas se esgotaria; que Dilma
confirmou a necessidade e pediu que o depoente procurasse Pimentel], narrou aos
investigadores.
Em nota, a J&F confirmou que Joesley está no Brasil e
que sua viagem nos últimos dias teve como objetivo [proteger a integridade de
sua família, que sofreu reiteradas ameaças desde que ele se dispôs a colaborar
com o Ministério Público.]
De acordo com o comunicado da empresa, Joesley [estava na
China – e não passeando na Quinta Avenida, em Nova York, ao contrário do que
chegou a ser noticiado e caluniosamente dito até pelo presidente da República.]
À época da abertura da investigação, o ex-presidente Lula
afirmou que não comentaria o caso antes de ter acesso ao conteúdo da delação. A
ex-presidente Dilma Rousseff afirmou que [jamais tratou ou solicitou de
qualquer empresário, nem de terceiros doações, pagamentos ou financiamentos
ilegais para as campanhas eleitorais, tanto em 2010 quanto em 2014, fosse para
si ou quaisquer outros candidatos.] ? Diário do Poder
Foto: Estadão