O verdadeiro evangelho ensinado por Jesus Cristo, há mais de dois
mil anos, tem ficado para trás. Há muitos anos, os verdadeiros evangelistas nos
deixaram e ficou a marca dos seus ensinamentos, através da genuína palavra de
Deus (Bíblia Sagrada). Mas toda regra tem exceção.
Na atualidade, os neopentecostais deixaram suas atribuições no
campo do evangelismo (evangelizar) e entraram no mercado evangelístico (gospel),
com ofertas de produtos (CDs, lenços, óleos e muitos outros utensílios
denominados de [santos], anunciados nos púlpitos das igrejas.
Ministram temas que lhes convém e, através de muitos alardes
(gritos), tentam arrancar da plateia aplausos, améns e glória a Deus. Não muito
distante, a glorificação a Deus vinha de dentro do ser humano. Agora é
necessário alguém apelar: quem pode dizer [Glória a Deus] para a assembleia
responder [Glória a Deusss].
É notório na atualidade, o trabalho dos líderes e adeptos
neopentecostais que encaram a palavra de Deus como um produto e tentam introduzi-la
nas pessoas, através do sentimentalismo humano. Seus clientes, vítimas ou fiéis
- como queiram chamar - são as pessoas carentes. Hoje, há tanta gente
depressiva no contexto atual, super-receptiva a uma palavra, ou um sermão de fé
e daí então vem o atendimento e, logo a seguir, o apelo de contrapartida, através
do dízimo, ou oferta comum, oferta alçada, oferta ouro, oferta prata e tantos outros
nomes dados à parte financeira e as pessoas terminam se entregando aos apelos
facilmente. Até a famosa maquininha passeia pelos templos ou espaços públicos,
com os (as) obreiros (as) em busca do dinheiro.
O resultado disso tudo são impérios construídos, templos enormes,
climatizados, emissoras de rádios e TVs, fazendas, gados, veículos blindados, simplesmente
a serviço pessoal, familiar e das organizações evangélicas. Vivemos uma
verdadeira monarquia no movimento neopentecostal, que passa de pai para filho
ou descendente ou ascendente.
A pergunta que se faz no atual século é a seguinte: qual é o papel
do verdadeiro evangelista? Ganhar almas para o rei da Glória ou ficar sugando o
suor (dinheiro) das almas, que contribuem com seus dízimos e ofertas? É
necessário pensar bem. O apóstolo Paulo - em 1º Timóteo 6 v 10, diz: - [Porquanto,
o amor ao dinheiro é a raiz de todos os males e, por causa dessa cobiça, alguns
se desviaram da fé e se atormentaram em meio a muitos sofrimentos.] Cuidado! É
uma exortação a você, quanto ao suor dos inocentes. Deus julgará a cada um de
nós.
Itamar Ribeiro de Souza
Pastor da Assembleia de Deus Emanuel de Feira de Santana-BA,
Professor Acadêmico, Escritor, Teólogo, Pedagogo e Jornalista.
Editor do Portal de Notícias WWW.SOTEROPOLISNOTICIAS.COM.BR