A Câmara dos Deputados transferiu
para esta quarta-feira (21) a conclusão da votação, em primeiro turno, da PEC
da Transição (PEC 32/22). A proposta permite ao novo governo deixar de fora do
teto de gastos R$ 145 bilhões no Orçamento de 2023 para bancar despesas como o
Bolsa Família, o Auxílio Gás e a Farmácia Popular.
Nesta terça-feira (20), foi
aprovado o texto-base do relator, deputado Elmar Nascimento (União-BA),
por 331 votos a 168. A análise da proposta será retomada em sessão do
Plenário prevista para as 10 horas, quando os deputados votarão destaques que
podem mudar trechos do texto.
Segundo o texto do relator, o
espaço orçamentário não valerá para 2024, como constava da PEC vinda do Senado.
Outra alteração feita decorre do
acordo entre as lideranças partidárias e o governo eleito para alocar os
recursos das emendas de relator-geral do Orçamento 2023, consideradas
inconstitucionais pelo Supremo Tribunal Federal (STF) nesta segunda-feira (19).
Pelo acordo, esses recursos serão rateados entre emendas individuais e
programações de execução discricionária pelo Executivo (de execução não
obrigatória).
Pelo texto, o relator-geral
poderá apresentar até R$ 9,85 bilhões em emendas para políticas públicas
(50,77% dos R$ 19,4 bilhões das emendas de relator consideradas
inconstitucionais).
A outra metade foi direcionada
para emendas individuais, que passam de R$ 11,7 bilhões em 2023 (R$ 19,7
milhões por parlamentar) para cerca de R$ 21 bilhões.
Equipe de transição
O Plenário rejeitou um destaque
do Republicanos e manteve no texto a prorrogação da Desvinculação de Receitas
da União (DRU) de dezembro de 2023 para dezembro de 2024.
Outro destaque do PL foi acatado
pelo Plenário a fim de retirar a citação expressa da equipe de transição do
novo governo como fonte indicadora de solicitações de alocação orçamentária
decorrentes da abertura de créditos de R$ 145 bilhões. (Agência Câmara de
Notícias).
Foto: Agencia Câmara de Noticias