O Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central
(Sinal) apresentou na tarde desta sexta-feira, 29, um balanço sobre a
paralisação dos servidores hoje cedo. De acordo com a entidade, mais de 750
funcionários do BC cruzaram os braços na primeira metade do dia na sede da
instituição em Brasília e nas demais nove praças onde a instituição possui
unidades. No total, a autarquia conta com cerca de 4 mil funcionários.
O objetivo do movimento foi chamar a atenção para a pauta de
reivindicações das carreiras, entre as quais a recomposição salarial de 27,3 .
Esse porcentual foi calculado pelo sindicato com base em [perdas
decorrentes da inflação, provocada pela desgovernança na área econômica no
primeiro mandato da presidente Dilma].
Outros itens da pauta de reivindicação são atualização dos
valores de indenizações (diárias e transporte) e revisão necessária para que os
fiscais do BC possam cumprir seu papel de supervisionar os bancos. [O BC
amanheceu embalado por faixas explicativas da situação dos seus servidores
neste tempo de ajuste fiscal], trouxe a nota da entidade. O BC não se
pronunciou sobre a manifestação.
No ano passado, os técnicos do BC paralisaram as atividades
por cinco vezes. A paralisação foi utilizada ao longo de 2014 no intuito de a
instituição modernizar a carreira desses trabalhadores. Este ano, durante a
comemoração dos 50 anos da autarquia, no final de março, a categoria organizou
um protesto diferente. Servidores que compõem o Sindicato Nacional dos Técnicos
do Banco Central (SinTBacen) viraram-se de costas durante a fala do presidente
da instituição, Alexandre Tombini, no evento. Na ocasião, mostraram inscrições
na parte de trás das camisetas que vestem: [comemorar o quê?]. (AE)