Sem o brilho da historiadora
Consuelo Pondé de Sena, que faleceu no último mês de maio, a celebração dos 192
anos das lutas pela Independência do Brasil na Bahia perdeu uma das suas
principais personagens ao longo desses 20 anos. Ao menos, este é o sentimento
que perdurou no presidente da Assembleia, deputado estadual Marcelo Nilo (PDT)
nesta manha de quinta-feira (2) no instante do hasteamento das bandeiras
nacional, estadual, de Salvador e do Instituto Geográfico e Histórico da Bahia
(IGHB). [Nos últimos 9 anos a frente do legislativo baiano é a primeira vez que
não divido as atenções com Consuelo Pondé. Além dela, nenhum outro baiano
participou desta cerimônia tantas vezes ininterruptamente].
Com um largo da Lapinha lotado, o
deputado Marcelo Nilo foi uma das primeiras autoridades a chegar no cortejo,
conforme registro da própria imprensa local. Para Nilo, o 2 de julho é a
verdadeira data cívica de independência do país. [Por isso, corre nas veias de
todos os baianos este orgulho de reverenciar os guerreiros de nossa
independência todos os anos]. Ao lado do governador Rui Costa e do prefeito de
Salvador, ACM Neto, o presidente da Assembleia participou da solenidade em
frente ao panteão, no Largo da Lapinha, onde
ainda depositou flores no busto do general Labatut. Em seguida, o
cortejo dos carros com as imagens do Caboclo e da Cabocla seguiu até o
Pelourinho.
Como já é tradição, uma série de
partidos, centrais sindicais e grupos civis organizados promoveu manifestações
por meio de cartazes e apitos. Nas ruas, o povo fez a festa. Bastante animado,
um bloco de mascarados chamava atenção de adultos e crianças. Além do grupo de
mascarados, as festas também contaram com os tradicionais desfiles de tropas do
exército, de estudantes de escolas do estado e militantes partidários. Em
homenagem aos caboclos da independência, baianas desfilaram pelas ruas da
Lapinha e destacaram a relação da independência com o povo negro e as religiões
de matrizes africanas. O tema do desfile de 2015 é [Guerreiras da Independência],
em homenagem às mulheres que participaram da luta pela libertação, representadas
por Maria Quitéria, Joana Angélica e Maria Felipa. (Ascom)
Foto: Max Haack / Ag. Haack / Bahia Notícias