À CNN, Bolsonaro fala sobre possíveis nomes da direita para 2026

Faltando aproximadamente dois
anos para o Brasil ter que ir às urnas escolher quem será o novo presidente da
República, alguns nomes já começam a ser ventilados e aparecer em cena.

Destes, alguns, inclusive, já se
consideram como pré-candidatos na disputa.

É o caso do governador de Goiás,
Ronaldo Caiado (União) e de Pablo Marçal (PRTB), que disputou a Prefeitura de
São Paulo em 2024. O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) está inelegível por
decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), mas costuma dizer que quer
reverter a decisão para poder se tornar o candidato que vai representar a
direita.

Em entrevista à CNN Brasil,
Bolsonaro diz que pretende retornar ao cargo por ter “paixão pelo Brasil”.

No entanto, por conta do
impedimento de participar da disputa, outros políticos começam a demonstrar
interesse na cadeira da Presidência. Alguns destes foram avaliados pelo
ex-presidente.

Um dos principais nomes ?
daqueles que seriam apoiados por Bolsonaro ? é o do governador de São
Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), que já foi questionado diversas
vezes sobre o assunto, mas costuma se esquivar, afirmando
que o candidato é Bolsonaro
.

Sobre ele, o ex-presidente afirma
ser um “excelente gestor”, mas que se faz necessária uma conversa com o povo
para entender “se
ele está maduro para representar a direita ou não
“.

Ronaldo Caiado (União),
governador de Goiás e antigo aliado de Bolsonaro, já se colocou na disputa e diz
que iniciará a rodar pelo Brasil em março
. No entanto, Bolsonaro afirmou
à CNN não ver muita visibilidade nesse nome.

“Ele é muito bem avaliado lá
[Goiás], mas não sai de lá? qualquer saída fora dele, não
tem aceitação, não tem nome
“, disse.

Romeu Zema (Novo) também tem
o nome ventilado nos bastidores. Ele, no entanto, 
chegou a dizer que não tem “nenhuma pretensão” ao cargo
.

“Bom administrador também, mas,
no meu entender, conhecido
mais em Minas Gerais ainda
“, avaliou Bolsonaro.

Um nome polêmico no debate
eleitoral é o do empresário Pablo Marçal (PRTB), que
também já se colocou na disputa
.

Antes de concorrer à Prefeitura
de São Paulo, mantinha uma relação relativamente próxima à Bolsonaro, chegando
a apoiá-lo na eleição de 2022. No entanto, a relação dos dois estremeceu na
eleição municipal, em que Bolsonaro decidiu por apoiar o candidato eleito,
Ricardo Nunes (MDB).

As rusgas praticamente terminaram
a relação.

“Evito conversar sobre esse cara
[Marçal], carta fora do baralho. [?] Tem um baita dum potencial, mas
ele tem que se controlar
“, disse o ex-presidente.

Recentemente, o cantor sertanejo Gusttavo
Lima externou
uma vontade de participar da eleição
, colocando-se à disposição também. O
que, de acordo com apuração da CNN, surpreendeu
negativamente o ex-presidente e também o governador Ronaldo Caiado
, que
está à frente do estado de onde vem o artista.

“Conversei com ele um tempo
atrás, no dia seguinte apareceu a candidatura dele para presidente. Então tirei
o pé. Ele tem idade e popularidade. [?] É um excelente nome para o Senado, mas,
para a presidência, não
sei se está maduro ainda
“, ponderou o ex-presidente.

O nome do governador do
Paraná, Ratinho Júnior (PSD), parece ser um dos únicos que agrade o
ex-presidente.

“Me dou muito bem com ele, pode
ser um nome, pode
ser um nome para a direita
, um bom gestor também, mas digo, eu não trato
desse assunto com ninguém”, afirmou.

Outros possíveis nomes para a
disputa e que, inclusive, já começam a aparecer em pesquisas eleitorais, são
da própria família de Bolsonaro
. Os filhos Eduardo, Flávio e
a esposa do ex-presidente, Michelle Bolsonaro, parecem agradar o
eleitorado de direita.

Sobre os filhos, Bolsonaro diz
que são maduros. Ele ressaltou que Eduardo Bolsonaro “tem um vasto conhecimento
de mundo” e que ambos “podem ser opções”.

A respeito de Michelle, o
ex-presidente diz que a ida dela à posse de Trump trará uma “popularidade
enorme” e brincou que seria “um bom nome, com chance de chegar” se o colocasse
como ministro-chefe da Casa Civil. Débora BergamascoManoela Carluccida
CNN e Aline
Fernandes
 
, São Paulo.

Foto: Facebook

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