Não importa se quem estava no Itaquerão, no dia da
Abertura da Copa do Mundo, fazia parte da elite, de uma minoria reacionária, ou
uma representatividade do povo brasileiro, como bem quer a oposição.
Independentemente do segmento social, político ou econômico, os xingamentos
dirigidos à presidenta Dilma significam, antes de tudo, uma deseducação, uma
falta de respeito, uma postura inadequada.
Ali, no estádio, não estava apenas a mulher Dilma
Rousseff (como poderia ser um homem), mas a instituição Presidência da
República, que deve ser respeitada por todos brasileiros (as) em qualquer
situação. Ali, em meio a 68 mil pessoas, mas visualizada por milhões de
brasileiros e pessoas mundo afora, estava a representatividade da Nação
Brasileira, suas leis, suas instituições, seu povo.
Mais lamentável ainda foram as posturas de dois
candidatos que se pretendem governar o país nos próximos quatro anos, que
respaldaram tais procedimentos, e no afã de colher dividendos eleitorais sobre
o episódio, derraparam nas mesmas posturas equivocadas dos que acham que com
xingamentos podem criar argumentos para se contrapor ao atual governo.
Ao se referir ao ?colher o que plantou? estariam
querendo dizer o quê? Que os xingamentos seriam consequência do Bolsa Família,
do Minha Casa Minha Vida, do Mais Médico, do ProUni, do Pronatec, das Cotas e
do Ciência Sem Fronteiras?
Não, os xingamentos, em que pese o direito da livre
expressão do brasileiro, garantido pela Constituição, remetem aos autores e aos
que apoiaram, como os dois líderes da oposição, uma falta de argumentos para um
debate político civilizado. Em vez dos impropérios, da falta de educação e de
respeito à instituição Presidência da República, por ora representada pela
presidenta Dilma Rousseff, poderíamos fazer o bom debate de ideias para que o
povo escolha a melhor delas em outubro. (Bahia Noticias)
Manifestar-se dessa forma não condiz com a índole do
brasileiro civilizado. Aquele que, concordando ou não com o atual governo, quer
um país cada vez mais desenvolvido, onde todos possam ser os beneficiários das
políticas públicas e das riquezas quer temos e produzimos.
*Valmir Assunção é deputado federal do Partido dos
Trabalhadores