EMPRESAS CHINESAS QUEREM INVESTIR US$ 20 BILHÕ•ES NO BRASIL EM 2017

O Brasil em crise virou a grande oportunidade para os
chineses ampliarem seus negócios no País. Sem medo de gastar e com forte
apetite para o risco, eles planejam desembolsar neste ano mais US$ 20 bilhões
na compra de ativos brasileiros – volume 68 superior ao de 2016, segundo a
Câmara de Comércio e Indústria Brasil-China (CCIBC). O movimento tem sido tão
forte que o País se transformou no segundo destino de investimentos chinês na área
de infraestrutura no mundo, atrás apenas dos Estados Unidos. Na lista de
companhias que planejam desembarcar no País, de olho especialmente nos setores
de energia, transportes e agronegócio, há nomes ainda desconhecidos dos
brasileiros, como China Southern Power Grid, Huaneng, Huadian, Shanghai
Eletric, SPIC e Guodian. [Há dezenas de empresas chinesas que passaram a olhar
o País como oportunidade de investimentos e estão há meses prospectando o mercado
brasileiro], diz Charles Tang, presidente da CCIBC. Enquanto essas companhias
não chegam, outras chinesas estão mais avançadas na estratégia de expandir os
negócios. A State Grid, por exemplo, liderou os investimentos no ano passado,
com a compra da CPFL; a China Three Gorges arrematou hidrelétricas que pertenciam
à estatal Cesp e comprou ativos da Duke Energy; a China Communications
Construction Company (CCCC) adquiriu a construtora Concremat; e a Pengxin
comprou participação na empresa agrícola Fiagril e na Belagrícola. Segundo
levantamento das consultorias AT Kearney e Dealogic, de 2015 para cá, os
chineses compraram 21 empresas brasileiras, que somaram US$ 21 bilhões. [Hoje,
o Brasil é um país que está barato, por conta do cenário político e econômico.
E isso é visto como uma grande oportunidade pelo investidor chinês], afirma o
diretor para a área de infraestrutura da A.T. Kearney, Cláudio Gonçalves. (Renée
Pereira, Mônica Scaramuzzo e André Borges | Estadão Conteúdo).

Bahia Noticias

Foto: Beto Barata/ PR

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