Patrono da maior empreiteira do País, Emilio Odebrecht
revelou em delação premiada ter pago [vantagens indevidas não contabilizadas]
às campanhas presidenciais de Fernando Henrique Cardoso.
[Trata-se de petição instaurada com lastro nas declarações
prestadas pelo colaborador Emílio Alves Odebrecht, o qual relata o pagamento de
vantagens indevidas, não contabilizadas, no âmbito da campanha eleitoral de
Fernando Henrique Cardoso à Presidência da República, nos anos de 1993 e 1997],
narra o ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal.
Fachin declinou da competência sobre essa investigação
porque o tucano não detém mais foro privilegiado. Em seu despacho, o ministro
relator da Lava Jato no STF determinou a remessa dos autos para a primeira
instância da Justiça Federal em São Paulo, onde reside o ex-presidente.
[Defiro o pedido do Procurador-Geral da República para o
envio de cópia das declarações prestadas pelo colaborador Emílio Alves
Odebrecht, e documentos apresentados, à Seção Judiciária de São Paulo, ficando
autorizada, por parte do requerente, a remessa de cópia de idêntico material à
Procuradoria da República naquele Estado. Registro que a presente declinação
não importa em definição de competência, a qual poderá ser reavaliada nas
instâncias próprias], afirmou Fachin. (AE)
Foto: Everson Oliveira