CORONEL QUER ESTANCAR O ELEVADO ͍NDICE DE PERDA DE ÁGUA NA BAHIA

O presidente da Assembleia Legislativa da Bahia, deputado
Angelo Coronel (PSD), quer reduzir o índice de perda de água na tubulação na
Bahia a algo em torno de 7 – semelhante a níveis de países que tratam com
grande rigor o grave problema do desperdício do produto, como o Japão (3) e
Israel (7). O estado assiste, hoje, escoar ralo abaixo elevados 48 de toda a
água captada para o consumo.

A nascente da proposta foi a visita que o chefe do
Legislativo estadual recebeu, na manhã desta terça-feira (25), em seu gabinete,
de uma comissão do Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura (Crea) –
formada pelo presidente da entidade, Marco Antônio Amigo, do chefe de gabinete,
Herbert Pereira, e do assessor parlamentar Genivaldo Barbosa -, que debateu uma
extensa pauta de interesse dos poderes públicos e dos baianos.

Angelo Coronel, que tem formação em engenharia civil, propôs
a criação de uma comissão, integrada por membros da Alba, do Crea e do Governo
do Estado, através da Secretaria Estadual de Recursos Hídricos e a Embasa. A
intenção dos presidentes do Legislativo e do Crea é o uso de tecnologias como a
instalação de um sistema que impeça a sangria.

[Viemos nos colocar à disposição da Assembleia para tratar,
em conjunto, de temas importantes, como a perda de água, o uso da energia
elétrica e ocupação do solo. Queremos auxiliar o estado na busca do
desenvolvimento de sistemas que reduzam a perda de água, fazer a Embasa
trabalhar com mais competência], ressaltou Antônio Amigo. Ele explicou que a
perda ocorre de várias formas, a exemplo do uso não-autorizado, ligações
clandestinas etc.

Coronel observou que vem pesquisando a forma que outros
estados tratam o problema, como São Paulo, e que já levou o tema ao governador
Rui Costa, que revelou vontade política em debater o assunto. [A água é vida.
Temos que tratá-la com a maior responsabilidade possível. A Alba vai ficar
ainda mais atenta e fiscalizar], disse.

BARREIRAS

Vários outros temas compuseram a pauta da audiência, como
uma maior aproximação institucional entre a Alba e o Crea, a construção de uma
instância para debater projetos de lei em andamento e arquivados pela Casa de
interesse do setor, e a elaboração de uma agenda propositiva para o setor de
petróleo e gás.

Antônio Amigo propôs ainda um maior estreitamento entre a
Comissão Parlamentar Ambientalista da Bahia, presidida pelo deputado Marcelino
Galo (PT), com o Conselho de Engenharia, sugerindo, inclusive, a inclusão de
outros profissionais no colegiado, além de engenheiros, geólogos e geógrafos.
Coronel também foi convidado a participar do Seminário Semear a Água – Desafios
para o Desenvolvimento Territorial, que acontece dias 26 e 27 próximos, no
auditório Jornalista Jorge Calmon, na Alba, promovido pelo Crea-BA e com o
apoio do Governo do Estado.

Outra solicitação feita pelo Conselho foi a intervenção da
Alba no sentido de diminuir o que chamou de [barreiras informais] para a
atuação de empresas baianas nos estados vizinhos. Coronel destacou que a
criação de barreiras burocráticas dentro do país contra empresas nacionais tem
impedimento legal da Constituição Federal, e defendeu o fortalecimento do
empresariado e da mão de obra locais.

Presidente lembrou aos visitantes uma luta que precisou
travar, em situação parecida, em favor do café baiano. Recebeu ainda do Crea um
[Relatório Técnico do Centro de Convenções], ocasião em que a queda de parte do
equipamento entrou na ordem do dia das conversas.

Ao final do encontro, Coronel se disse feliz com a visita
porque [me tornei engenheiro de novo] e estar bem representado como engenheiro
com a diretoria do Crea-BA. (Ascom)

FOTO: SANDRA TRAVASSOS

 

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