Na tarde desta quarta-feira (6) por meio de nota, a
presidência da República afirmou que a investigação da Polícia Federal (PF)
sobre a suposta mesada de R$ 340 mil paga ao presidente Michel Temer na década
de 90, [entrou no terreno da ficção policial].
A PF informou ao Supremo Tribunal Federal (STF) sobre
indícios de que empresas portuárias, entre elas a Rodrimar, no fim da década de
1990, pagavam uma espécie de mesada, no valor de R$ 340 mil, ao presidente
Temer. No pedido feito no dia 15 de março, o delegado federal Cleyber Lopes
cita uma planilha com pagamentos e siglas, sendo assim [MT] seria Michel Temer,
[MA] Marcelo Azeredo, indicação de Temer para comandar a estatal que administra
o Porto de Santos a Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp) e a
letra [L], que seria de Lima, João Batista de Lima Filho, o amigo de Temer,
coronel aposentado da Polícia Militar e sócio da empresa Argeplan. A informação
é do G1.
O presidente Temer tem reclamado do vazamento sistemático
de acusações contra ele, no curso desse inquérito, com o objetivo de firmar a
impressão de que ele é culpado.
Sobre a planilha, a nota afirma que [seu uso produz um
fantasioso cenário de reconstrução arqueológica, mas está alimentando apenas
uma imensa farsa].
Inquérito dos Portos
Tanto o presidente Temer como dirigentes da Rodrimar,
empresa que opera no Porto de Santos, são investigados no inquérito dos Portos
que apura se Temer favoreceu empresas portuárias com a edição de um decreto em
2017, em troca de propina. (Francine
Marquez _ Diário do Poder)
Leia a nota:
Nota à imprensa
A investigação da Polícia Federal sobre o suposto
benefício do presidente Michel Temer ao grupo empresarial Rodrimar entrou
no terreno da ficção policial. Isso porque, na verdade, o decreto dos
portos não trouxe nada em favor da empresa. Sem fatos novos ou provas,
delegado tenta reabrir investigação já arquivada duas vezes pela Justiça por
falta de provas.
Usa agora planilha encontrada nesses arquivos. E
com base neste documento produz um fantasioso cenário de
reconstrução arqueológica, mas está alimentando apenas uma imensa farsa.
Tal planilha já foi renegada pela pessoa que acabou,
involuntariamente, anexando esse papel, sem origem e sem autor, a processo de
separação.
[Para não
deixar dúvida em relação ao histórico
contido na peça inicial daquela ação,
a qual eu não subscrevi, esclareço
que os documentos mencionados nela não foram tirados do
computador pessoal de meu ex namorado, o senhor Marcelo
Azeredo, mas sim chegaram- me às mãos
anonimamente, em envelope fechado, sem
identificação do remetente.
Entreguei os tais documentos aos meus ex-advogados
para simples análise e não para serem utilizados, já que não tinha certeza
nenhuma da verdade do seu conteúdo e da sua origem], escreveu Érika
Santos em 2001, em documento oficialmente anexado ao inquérito.
Passados 17 anos, ela concedeu
entrevista à revista Veja. E disse o seguinte: [Veja –
Depois de entregar a planilha à Justiça, a senhora acabou fazendo um
acordo extrajudicial com seu ex-marido e desistiu do processo.
Quais foram os termos do acordo?
ES ? Não fui eu que entreguei aquela planilha.
Veja ? Os seus advogados daquela
época disseram que foi a senhora que
entregou a planilha?
ES ? Imagina, eu não estava no Brasil.
Eu estava em Los Angeles. Esse advogado entregou
esse material sem a minha assinatura. Por isso é que, depois, retirei a
ação. Eu não sei onde ele arrumou aqueles documentos.
Alguém deve ter pago a ele. Não fui eu. Ele que
montou um monte de documentos. Ele fez uma ação para me incriminar. Só me
prejudicou?.
Nada mais precisa ser dito sobre esse escândalo digno
do Projac, a maior fábrica de ficções do país.
Secretaria Especial de Comunicação Social da
Presidência da República
Foto-Alan-Santos-PR