A procuradora-geral
da República, Raquel Dodge, acusou a defesa do ex-ministro Geddel Vieira Lima
de querer [ditar o ritmo] do processo no qual o emedebista é réu pelos crimes
de lavagem de dinheiro e associação criminosa no caso do [bunker] de R$ 51
milhões em Salvador.
Em manifestação
enviada ao Supremo Tribunal Federal (STF), a chefe da PGR defendeu a rejeição
de um recurso da defesa, que questiona a realização de audiências fora de Brasília,
às quais Geddel teria acesso por meio de videoconferência. Para seus advogados,
o procedimento viola o [direito de presença e exercício da autodefesa].
[A videoconferência
e afins – recursos de tecnologia que franqueiam contatos diretos e instantâneos – são um fenômeno inevitável da vida moderna ao qual a administração pública e
até o processo penal não puderam resistir], escreveu Dodge.
Relator da ação penal
no STF, o ministro Edson Fachin já havia decidido que o ex-ministro poderia
acompanhar as audiências por videoconferência, mas sua defesa recorreu.
[Aprofundando um
pouco mais a discussão, pergunta-se qual o prejuízo à defesa de Geddel se ele
acompanhar e participar ao vivo das audiências de oitiva das testemunhas pela
videoconferência (?)? Nenhum. Ele terá contato prévio com sua defesa, poderá
fazer intervenções e até questionamentos via sua defesa técnica – tudo em tempo
real, on line e sensível aos tempos de redução de gastos públicos], prosseguiu
a procuradora-geral da República. Com informações do Estadão.
Foto: Fábio Rodrigues- ABR