João Doria (PSDB), 61, tomou posse como governador do estado
de São Paulo na manhã desta terça-feria (1º), em cerimônia na Assembleia
Legislativa, na região do Ibirapuera (zona sul de SP).
Ele e o vice-governador Rodrigo Garcia foram recebidos pelo
presidente da Casa, o deputado tucano Cauê Macris, para a curta cerimônia de
posse. Da Assembleia, seguirão para o Palácio dos Bandeirantes.
Mais tarde, ele viajará para Brasília, onde participará da
cerimônia de posse de Jair Bolsonaro (PSL). Durante a campanha eleitoral, o
tucano colou sua imagem à de Bolsonaro, pregando o chamado Bolsodoria.
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Doria deixou a prefeitura em abril, faltando 1.000 dias para
o fim de seu mandato, para disputar as eleições. Venceu a eleição e se cacifou
para liderar o PSDB, já de olho na eleição presidencial de 2022.
Antes disso, enfrentará uma série de obstáculos, como uma
bancada menor de seu partido na Assembleia. Além da política, ele terá desafios
nas privatizações, segurança, mobilidade e educação.
O novo governador herdará contas relativamente em ordem e o
menor índice de homicídios do Brasil, mas terá de contornar dificuldades que
seus antecessores tucanos não enfrentaram, como uma bancada menor na Assembleia
Legislativa.
A principal plataforma de campanha de Doria foi a segurança
pública. Ele prometeu que a polícia atiraria para matar e, ao assumir,
sinalizou que pretende colocar em prática o discurso duro das eleições,
transformando em vitrine o enfrentamento ao PCC.
Entre as heranças negativas do tucanato, Doria terá de
reverter uma série de erros na área da mobilidade. Os monotrilhos das linhas
15-Prata e 17-Ouro do metrô, vendidos como alternativas rápidas e baratas, or
exemplo, estão atrasados e encareceram.
Tirar do papel parcerias e desestatizações prometidas na
campanha estão entre os principais desafios de Doria. Na Prefeitura de São
Paulo, seu grande programa de desestatização, que prometia passar à iniciativa
privada equipamentos públicos como o Anhembi, o estádio do Pacaembu e o parque
Ibirapuera, não gerou nenhuma realização concreta até o momento.
No estado, o governador eleito anunciou a cifra de R$ 23
bilhões em desestatizações. A estrela do pacote é o sistema prisional,
responsável por um orçamento de R$ 4,5 bilhões ao ano. SP tem 227 mil presos em
170 unidades, em ambiente dominado pela facção PCC. (Folhapress).
Foto: Reprodução/TV