Valmir retira nome e defende mulher negra candidata pelo PT em Salvador

O deputado federal Valmir Assunção (PT-BA) foi outro
petista que retirou seu nome para concorrer à prefeitura de Salvador em 2020.
Em nota, o parlamentar ligado ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra
(MST) disse que o Partido dos Trabalhadores (PT) tem o desafio de enfrentar a
política nefasta da ultradireita que governa o país atualmente e defende a
candidatura de uma mulher negra para a prefeitura da capital. “Esse desafio
passa por articular nossas ações em diversas frentes de luta. Fortalecer os
movimentos sociais, os campos progressistas da sociedade que zelam pelas
instituições democráticas tão ferozmente atacadas, e em 2020 ganhar o maior
número de prefeituras e fazer muitas lideranças sociais, vereadores e
vereadoras. Em Salvador, tenho certeza que o melhor caminho é termos uma
candidata com a cara do PT e a cara de Salvador”.

 

Assunção aponta que colocou seu nome à disposição do
partido no debate da prefeitura de Salvador, mas que depois de refletir com
companheiras e companheiros do MST, da EPS, de movimentos sociais, e depois de
ter sido escolhido por seus colegas da bancada do PT na Câmara Federal como
coordenador da bancada, decidiu que não é hora de sair do mandato que lhe foi
conferido por 120 mil baianos e baianas. “Estarei firme na trincheira da luta
parlamentar, pela anulação do processo fraudulento contra o nosso maior líder,
o presidente Lula, e, portanto, pela sua inocência, contra todas as políticas
retrógradas desse governo autoritário e anti-povo – que momentaneamente ocupa o
Palácio do Planalto”.

 

Ela ponta que sua articulação na coordenação do PT
na Câmara será ainda para defender os direitos sociais, individuais, a
democracia, os direitos humanos, a soberania e o meio ambiente. “Defender as
políticas contra o machismo, o racismo, a lgbtfobia, e todas as formas de
opressão que ganharam guarida com a política de extrema direita em nosso país”.
Sobre Salvador, Valmir aponta que continua achando ser primordial que o PT
tenha cara própria na eleição, e apresente uma candidatura capaz de dialogar
com as pautas e símbolos da esquerda.

 

O deputado lembra que o assassinato da vereadora
carioca Marielle Franco (Psol), impôs de maneira contundente que é hora de se
dar concretude às pautas e ao que verbaliza na luta política do dia a dia. “Uma
mulher negra, de esquerda, símbolo do empoderamento e do protagonismo das
mulheres. E até hoje sua morte não foi elucidada e os responsáveis por sua
morte não foram punidos. É momento do protagonismo político construído pelas
mulheres negras ganhar as ruas, as mentes e os corações das pessoas, para que
possam liderar o nosso partido nessa batalha política em que derrotaremos os
aliados na Bahia do presidente Bolsonaro, sob o comando do prefeito ACM Neto”,
completa. (Vitor Fernandes – Ascom).

Foto: Jonas Santos

 

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