UPB conclama prefeitos baianos para a Marcha a Brasília

Mais e 140 prefeitos baianos já confirmaram presença na
XVII Marcha a Brasília  em defesa dos
municípios, que ocorre entre a próxima segunda (12) e quinta-feira (15). Os
gestores municipais estarão na Capital Federal cobrando atenção à pauta
municipalista. O encontro pretende debater as transferências de
responsabilidades, desigualdades financeiras e o desequilíbrio federativo que
atinge os municípios brasileiros.

A programação envolve desde encontro com os
presidenciáveis, com direito a sabatina, até a visita ao Congresso Nacional
para instalação da Comissão Especial que analisará o aumento de 2 no repasse
ao Fundo de Participação dos Municípios (FPM), principal reivindicação do
movimento.

A delegação baiana espera engrossar o coro por mais
recursos e pelo cumprimento do Pacto Federativo que entre outros itens prevê a
autonomia financeira e administrativa dos municípios. ?Não há recursos para
governar. As leis chegam de Brasília para serem cumpridas sem estabelecer a
fonte de receita. Tem sido assim com os pisos salariais e os programas sociais
que acarretam o desequilíbrio financeiro das administrações?, explica a
presidente da União dos Municípios da Bahia, Maria Quitéria Mendes.

Conheça a Pauta Nacional de reivindicações:

1.      Aumento de
2 do FPM

2.     
Reformulação da Lei Complementar 116/2003 ISS

3.     
Desonerações do IPI somente da parcela do da União

4.      Apreciação
pelo STF da Lei 12.734/2012 com a redistribuição dos royalties de petróleo e
gás

5.      Encontro
de contas das dívidas previdenciárias

Programação da Marcha a Brasília

12 de maio ? Segunda-feira

14 horas – Credenciamento

Abertura da VI Exposição de Produtos, Serviços e
Tecnologias

Abertura da Assembleia-Geral Ordinária da CNM

13 de maio de 2014 ? Terça-feira

Abertura oficial

8 horas – Credenciamento

9h30 Sessão Solene de Abertura

13h30 Plenária Técnica

IX Fórum Permanente de Vereadores

V Fórum dos Contadores

14 de maio de 2014 ? Quarta-feira

9 horas – Encontro com os Presidenciáveis

13h30 Pauta Política do movimento municipalista

15h Deslocamento para o Congresso

15 de maio de 2014 ? Quinta-feira

9 horas – Espaço para diálogo dos Municípios

Leitura da Carta da XVII Marcha a Brasília

Encerramento

Íntegra da Pauta Nacional de reivindicações

1.      Aumento de
2 do FPM

As propostas de emenda constitucional que estão
tramitando no Congresso (PEC 39/2013 no Senado e PEC 341/2013 na Câmara)
alteram a participação do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) dos atuais
23,5 para 25,5 da arrecadação nacional do Imposto sobre Produto
Industrializado (IPI) e do Imposto de Renda. Isso representaria, em 2014, um
aporte de mais de R$ 7,3 bilhões aos cofres municipais, auxiliando, sobretudo,
os pequenos e médios Municípios que têm no FPM a mais importantes fonte de
receita.

2. Reformulação da Lei Complementar 116/2003 ISS

O projeto pretende, além de incluir novas atividades
econômicas na LC 116/2003, resolver o problema da guerra fiscal no ISS,
alterando as operações de leasing, as operações com cartões de crédito para que
o imposto fique no município do tomador do serviço e não onde as empresas estão
instaladas. Com isso, será possível arrecadar, aproximadamente, R$ 5 bilhões a
mais a cada ano e promover uma melhor equidade de receitas entre os Municípios.

3. Desonerações do IPI somente da parcela do da União

O governo federal pode conceder renúncias de impostos
para fomentar a economia. E, nestes últimos anos, uma das principais políticas
macroeconômicas foi a de desonerações no Imposto de Produtos Industrializados
(IPI). O problema disso é que o IPI compõe o FPM, e a cada desoneração acaba
acarretando a diminuição no repasse de recursos para FPM. Por isso, o movimento
cobra que somente seja possível ao governo federal desonerar a sua parte do
imposto.

4. Apreciação pelo STF da Lei 12.734/2012 com a
redistribuição dos royalties de petróleo e gás

O movimento municipalista conseguiu ? após imensa luta
junto ao Congresso Nacional ? derrubar o veto a Lei 12.738/2012, que
redistribui de forma mais justa os royalties de petróleo e gás das plataformas
continentais. Esta lei encontra-se sub judice no STF esperando a manifestação
da suprema corte sobre a sua constitucionalidade.

5. Encontro de contas das dívidas previdenciárias

Durante a XVI Marcha, a CNM pautou a questão do encontro
de contas das dívidas dos Entes municipais junto à Previdência. Ou seja, abater
da dívida dos Municípios o que a Previdência deve a eles. Até o momento, a
Receita Federal e o Ministério da Previdência Social não concordaram com o
pleito municipalista. (ASCOM)

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