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Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ) repudia e condena o ataque à revista
francesa Charlie Hebdo ocorrido na manhã desta quarta-feira, 7
de janeiro, que resultou na morte de 12 pessoas e deixou, pelo menos, outros
dez feridos. Entre os mortos estão cinco jornalistas — os cartunistas Charlie
Hebdo Charb (Stéphane Charbonnier), Cabu (Jean Cabut), Wolinski (Georges
Wolinski), e Tignous (Bernard Verlhac) e o repórter Bernard Maris –, outros
cinco funcionários da revista e dois policiais que faziam a segurança do editor
Stephane Charbonnier, que estava sob proteção policial.
O editor da Charlie Hebdo vinha recebendo ameaças de morte e a revista já havia
sido vítima de ameaças e de atentados anteriormente. Suspeita-se que o ataque
de hoje, como os anteriores, tenham sido motivados pelas sátiras ao profeta
Maomé.
A FENAJ repudia a violência contra jornalistas, alertando a sociedade para o
perigo da intolerância (seja política, religiosa ou de qualquer natureza) e do
obscurantismo, que tem gerado ataques às liberdades de expressão e de imprensa
em todo o mundo.
A FENAJ soma-se à Federação Internacional dos Jornalistas e à Federação
Européia dos Jornalistas na solidariedade aos familiares das vítimas e no firme
propósito de que os criminosos sejam identificados e punidos. A polícia
francesa ainda não identificou os dois homens que entraram na sede da revista,
em Paris, e atiraram contra todos que estavam presentes, fugindo em um carro,
conduzido por um terceiro homem. É preciso rigor nas investigações para que
este crime brutal não fique impune. A impunidade alimenta a violência contra
jornalista. (Ascom)