Longe de ser um ambiente apenas beletrista, a Academia Sergipana de Letras também é um lugar de prática do humanismo e de celebração da vida. Na última segunda-feira, 29, vivemos uma oportunidade que confirma isso, durante a saudação do escritor sergipano, natural de Lagarto, professor Josué da Silva Mello. Aos 90 anos de idade, plenos e lúcidos, ele nos brindou com suas palavras que traduzem aquilo que a confreira Marlene Calumby definiu, na ocasião, como sendo o amor universal — aquele que ultrapassa crenças e instituições religiosas —, todos ali irmanadas sob a presidência de Dr. José Anderson Nascimento.
Josué da Silva Mello, naturalizou-se baiano, morando há mais de seis década na cidade de Feira de Santana. Em sua saudação, ele agradeceu por estar vivendo aquele momento junto aos seus familiares, amigos e ao presidente da Academia Feirense de Letras, Dr. João Batista Cerqueira, que fez questão de prestigiá-lo. Para além de uma conferência, preferiu, em breves e assertivas palavras, partilhar conosco a experiência positiva e teológica do SIM em sua vida e também nos ofícios de professor, pastor, gestor de educação e escritor, louvando a Deus da forma mais natural e honesta que se possa fazer.
Coube a mim, a honra de apresentar a sua trajetória de vida aos meus confrades da Academia Lagartense de Letras, que demonstraram muita atenção, afeto, acolhimento, apreço e entusiasmo, haja vista todas as falas e registros que fizeram questão de fazer da tribuna, a exemplo dos acadêmicos José Anselmo de Oliveira, Antônio Porfírio de Matos Neto, Domingos Pascoal de Melo, Marlene Alves Calumby, Jane Alves Guimarães e Jorge Carvalho do Nascimento. Este último, fazendo uso de sua singular inteligência e excelente bom humor, prestou uma belíssima homenagem ao nosso convidado, destacando as relações amistosas entre baianos e sergipanos. Vale destacar que o acadêmico Dr. Antônio Carlos Sobral Sousa também se fez presente, chegando ao final da sessão.
Alguns membros do Movimento Cultural Antônio Garcia Filho e visitantes, também, fizeram questão de fazer reverência e saudar carinhosamente o professor Josué Mello, a exemplo da escritora Cris Sousa, todos eles ressaltando a leveza de sua fala, bem como a sua sabedoria. O mestre Dida, regente do Coral da ASL, fez alusão ao gênio da gente lagartense, nas pessoas de Aníbal Freire, Sílvio Romero e Laudelino Freire.
Personalidades da vida cultural sergipana marcaram presença, a exemplo do jornalista Antônio Carlos Garcia e da esposa, Rose Garcia, do Portal Só Sergipe. Entre os familiares de Josué da Silva Mello, estiveram alguns parentes e sobrinhos residentes em Aracaju e Lagarto, afora a esposa, a professora Tecla Mello e a filha Susana, acompanhado de seu esposo, Frederico. Todos ficaram encantados com a acolhida e a homenagem, cuja marca principal, sem sombra de dúvidas, foi o humanismo, bem como a mensagem de esperança que contagiou a todos, deixando lições que nos ajudam a seguir adiante em nossas jornadas existenciais.

Prof. Dr. Claudefranklin Monteiro Santos (*) Professor doutor do Departamento de História da Universidade Federal de Sergipe.
Fonte: Portal Só Sergipe
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