Adolfo Menezes fala sobre seu futuro político, analisa a Segurança Pública, avalia a gestão do 1º semestre de Ivana Bastos e comenta sobre pré-candidatos ao Senado Federal

Todos dois são meus amigos, cada um tem sua particularidade, é claro, que Rui foi “o maior governador da Bahia”

O deputado Adolfo Menezes (PSD), ex-presidente da Assembleia Legislativa da Bahia, em entrevista, conversou com o editor, do SOTERÓPOLIS NOTÍCIAS (SN) e fez alguns esclarecimentos sobre seu futuro político.

SNEm breve o Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) vai abrir uma vaga, o senhor é candidato?

AM – Existe conversa e pode acontecer, a vaga que vai surgir é do atual presidente do TCM Francisco Neto, na política, as coisas mudam muito, tem muita coisa para acontecer, o Brasil está aí, o mundo está em ebulição, em Brasília principalmente, vamos aguardar para ver o que acontece.

SN No processo eleitoral, de 2026, para o Senado Federal o PSD pode romper com o PT, caso o senador Coronel, não seja candidato a reeleição?

AM – Olha, quem pode falar, sobre esse assunto é o líder maior, o senador Otto Alencar, esse grupo que está aí, vai completar vinte anos à frente  do executivo, da Bahia, justamente pela convergência de ideias, dos líderes maiores que é o senador Jaques Wagner, o ex-governador e atual ministro Rui Costa, o líder de nosso partido senador Otto Alencar, “os cardeais”, vamos dizer assim, e é claro, nem tudo pode ser atendido, é natural que, na formação de chapas, sempre tem desgaste. Exemplo: nas últimas eleições há dois anos e meio, houve o rompimento de João Leão (PP), então, sempre existe, eu acredito no diálogo, se são duas vagas, não tem espaço para quatro ou cinco, alguém vai ter de ficar de fora, mas, na hora certa, o grupo, vai saber, construir o diálogo, para continuar governando a Bahia.

SNA vontade de Adolfo hoje, para ser o candidato ao Senado é Rui ou Ângelo Coronel?

AM– Todos dois são meus amigos, cada um tem sua particularidade, é claro, que Rui foi – “o maior governador da Bahia”, ninguém pode desconhecer, tem todo o direito, de pleitear e fazer parte, pelo conhecimento, pela capacidade que ele tem, pelo cargo estratégico, sendo braço direito, do presidente da República. “Rui arranjaria emprego, em qualquer multinacional, qualquer empresa, JB, Vale, e ganharia um grande salário”, mas é um homem político, não é questão de emprego, é questão de estar na política. Então os dois são merecedores, na hora certa vamos saber como vai ficar, está distante ainda, até lá vai se ter muita conversa.

SN O senador Coronel em declarações à imprensa, tem deixado entender, que é amigo, do ex-prefeito de Salvador ACM Neto e pode até disputar uma senatoria pelo grupo de ACM Neto, isso cria uma indisposição no grupo atual, como o senhor analisa?

AM – Olha, cada um tem uma forma, a gente conhece a maneira do agir de Coronel,  é meu amigo particular, a mais de 30 anos e foi amigo de meu irmão Herculano. Desde aquela época, cada um, tem uma forma de ser, ele age dessa forma e deve saber, o que está fazendo, dependendo dos acordos, claro, o PSD continuando na base na eleição de 2026.

SN – Se fala tanto em PT só PT, o senhor acredita que o PSD pode assumir o governo do estado em 2030?

AM – 2030 está muito distante, quem está na política, não pode deixar de analisar qualquer conjuntura, eu não acredito, que o líder maior do partido (PSD), o senador Otto Alencar pleiteei, ele deixou de aceitar em 2022, ser candidato a governador, ele tem seis anos ainda, no Senado, temos muitos companheiros, que integram o partido, vamos aguardar.

SN– Que avaliação, o senhor faz, entre seus pares (ALBA) e os parlamentares federais (Câmara e Senado Federal)?

AM – No parlamento local, na ALBA,  temos deputados com discursos fortes, mas são deputados, que não são radicais, nós não temos aqui o que estamos vendo em Brasília, lá, querem botar fogo, no Brasil, só na política “eu digo sempre, você pode destruir o seu adversário, mas, destrua dentro da democracia, com projetos, obstruções, tudo que é permissível no parlamento, não sequestrando a mesa diretora, como vimos na Câmara dos Deputados e no Senado Federal, são deputados radicais que não pensam no país, é ‘uma vergonha’. São deputados e senadores, que nunca foram políticos na vida e são ‘hoje deputados’, entraram na onda do Bolsonarismo, ‘influencer digital’, alguns não tem nada na cabeça, querem destruir o Lula, sem pensar no país, claro destruir politicamente, faz parte, mas não destruir o país, ou seja eles querem ganhos eleitorais.”

SNQue avaliação o senhor faz sobre a Segurança Pública na Bahia?

AM – O governador Jerônimo tem se esforçado, essa semana, isto é segunda-feira (11), ele entregou 180 viaturas, para o reforço da Segurança Pública no Estado, as facções, os grupos de criminalidade, que estão tomando conta não só na Bahia, é um problema do Brasil inteiro, vimos isso no Espírito Santo, bandidos atingindo a população, que estava na rua, vemos também no Rio de Janeiro,  a marginalidade criando Uber próprio, ninguém da população, pode pegar outro tipo de transporte, a situação é dramática é vergonhoso, o Congresso Nacional, os homens públicos, que tem a obrigação, de tentar fazer alguma coisa, não se vê nada a respeito. O presidente Lula, tentando fazer, uma reunião, com todos os governadores, mas os mesmos, não querem participar, “se não houver um entendimento e união de forças do Judiciário do Legislativo e do Executivo a situação vai ficar dramática.  Eu não vejo a luz no fim do túnel não”.

SN – Quais as ações pontuais sobre a Segurança Pública?

AM – São quase seis mil viaturas, que já foram entregues, não adianta, – você vê policiais envolvidos, como a gente viu aí, Delegados envolvidos com o tráfico pesado. É claro que sempre vai ter, não estou dizendo, que é, a maioria da tropa, é complexo, complexa a situação. A droga está em tudo quanto é lugar, tivemos problemas na Avenida Garibaldi, troca de tiro, o indivíduo que pegaram já era reincidente, com certeza já apresentaram na Delegacia, já teve audiência de custódia e já está solto de novo. Esse cara vai fazer o quê? Vai continuar delinquindo entendeu? Por que vai arrumar emprego onde? Não tem emprego, vai faltar é muito difícil, a situação que ele (Jerônimo) está atravessando.

GESTÃO IVANA BASTOS

SN- Que avaliação o senhor faz, do primeiro semestres da Presidente Ivana Bastos e quanto as mudanças administrativas?

AM – É natural que haja mudanças, cada um tem sua forma de administrar, no primeiro semestre, todas as matérias, que tramitaram na casa foram aprovadas.

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