A aliados, presidente do Senado disse ter respaldo legal para manter votação em dezembro
O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), disse a aliados que avalia manter a sabatina de Jorge Messias mesmo que o Palácio do Planalto decida protelar o envio da mensagem presidencial com sua indicação ao STF (Supremo Tribunal Federal).
A avaliação é de que Alcolumbre pode considerar a publicação da escolha pelo Diário Oficial da União. Interlocutores próximos do presidente do Senado afirmam que ele acredita ter respaldo legal para seguir adiante.
Nesta quarta-feira (3), o relator designado para a indicação de Messias, Weverton Rocha (PSD-MA), apresentará parecer à CCJ (Comissão de Constituição e Justiça).
A sinalização de Weverton é de que será favorável à escolha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
A sabatina está prevista para ocorrer na CCJ, no dia 10, com previsão de ir ao plenário em seguida.
Para o governo, se Alcolumbre dobrar a aposta e optar por seguir o cronograma sem a mensagem presidencial, há risco de implodir a relação com o Planalto.
Em nota publicada neste domingo (30), Alcolumbre disse ser ofensivo insinuar que cargos e emendas resolvem a aprovação de Messias ao cargo. Ele também afirmou que o governo Lula parece tentar interferir no processo.
“Feita a escolha pelo Presidente da República e publicada no Diário Oficial da União, causa perplexidade ao Senado que a mensagem escrita ainda não tenha sido enviada, o que parece buscar interferir indevidamente no cronograma estabelecido pela Casa, prerrogativa exclusiva do Senado Federal”, escreveu.
O advogado-geral da União tem feito um périplo nos gabinetes no Senado, o que é conhecido como “beija-mão”, mas ainda não esteve com o presidente do Senado.
A CNN mostrou que Davi Alcolumbre rejeitou encontro com Messias e tem atuado para derrotar a indicação do AGU. A senadores próximos, Alcolumbre calcula que Messias tem apenas 25 dos 41 votos necessários para aprovação em plenário. (CNN Brasil).
Foto: Edilson Rodrigues/Agencia Senado

