Dias após ter acesso ao banco de dados conservado pela Lava Jato em Curitiba, o procurador-Geral da República Augusto Aras afirmou que é hora de corrigir os rumos para que o lavajatismo não perdure!”. Segundo o chefe do Ministério Público Federal, tal “correção de desvios”, no entanto, não significa redução do empenho no combate à corrupção. De acordo com o jornal O Estado de S. Paulo, as declarações foram dadas durante uma live do Grupo Prerrogativas.
“Espero que o enfrentamento a macrocriminalidade, especialmente naquela corrupção relativa a grandes capitais continue a se fazer do mesmo modo, mas no universo dos limites da constituição e das leis. O lavajatismo há de passar”, afirmou o procurador-geral.
Aras indicou que a Lava Jato teve um papel relevante, mas, segundo ele, “deu lugar a uma hipertrofia”. O PGR sinalizou ainda que gostaria de pensar “em corrigir rumos, não no que de desviante possa ter ocorrido”. “Não podemos gerir o Ministério Público para trás, mas para frente”, disse.
Sobre o acesso aos dados da força-tarefa em Curitiba, ele disse que a medida se deu por uma busca por transparência no Ministério Público Federal.
“Estamos falando da transparência que estamos a promover. Todo o Ministério Público Federal, no seu sistema único, tem 40 terabytes. Curitiba tem 350 terabytes e 38 mil pessoas lá com seus dados depositados. Ninguém sabe como foram escolhidos, quais os critérios”, afirmou Aras. (bahia.ba).
Foto: Lula Marques