A reunião entre os rodoviários e a Superintendência Regional do Trabalho
e Emprego (SRTE) foi antecipada para esta quinta-feira (8/5), às 14h, na sede
do órgão, nas Mercês. Em nota, o presidente do sindicato, Hélio Ferreira, informou que espera uma postura mais
flexível dos patrões com a intermediação da SRTE. Ele garantiu também que a
greve ainda está indefinida e que só deve acontecer depois que esgotar todas as
possibilidades de diálogo.
Enquanto isso, mais um dia de protesto dos rodoviários complicou o
trânsito de Salvador, ontem. Centenas de veículos de diversas empresas
circularam em fila indiana pelo centro da cidade em direção à sede da Transalvador.
Enfileirados e usando apenas a faixa da direita, o protesto congestionou
diversos pontos da cidade no final da tarde dessa quarta-feira (7).
Por volta das 17h, na região do Dique do Tororó, uma imensa fila de
ônibus, se formou. Eram veículos vazios ou com poucos passageiros. ?Tem muita
gente que já desceu desde o Vale de Nazaré e veio andando. Eu entendo a necessidade deles, mas, por causa disso,
muita gente acaba pagando o preço?, disse a estudante Carla Vasconcelos.
A categoria
reivindica o retorno às negociações da proposta apresentada para o Sindicato
das Empresas de Transporte de Passageiros (Setps). Eles querem reajuste
salarial de 15 , aumento no valor do ticket refeição para R$ 20, redução da
jornada de trabalho de oito para seis horas, além de gratuidade na passagem de
rodoviários aposentados.
Em entrevista à Tribuna,
no início da semana, o diretor do Setps, Daniel Castro, foi
incisivo ao dizer que não vai negociar itens que ele classificou como
?absurdos?.
?Podemos negociar o
reajuste salarial. Mas não temos como atender as outras pautas. Juntas, elas
somam mais de 60 de aumento, o que torna a negociação inviável?, declarou
Castro. (Tribuna da Bahia).