A janela
partidária encerra dia 1/04 e até lá os parlamentares, tem a oportunidade, de
migrarem para outros partidos políticos. Na Bahia essa dança continua, até lá
muitas articulações, avaliações, bastante matemática, para ver se dá para chegar
na reta final. De um lado governo e oposição, buscam alinhamento, mas, está difícil
agradar aos mesmos.
A base
governista, tinha certo como pré-candidato, o senador Jaques Wagner (PT), com a
desistência de concorrer a vaga de governador, a base ficou atônita, sem saber
para onde ir. Se falaram no nome do senador Otto Alencar (PSD), Alencar bateu
na tecla dizendo, que não tem interesse, em disputar esse cargo, sua
preferência é continuar no Senado Federal. O atual governador Rui Costa (PT),
por sua vez se dizia que ia disputar a vaga do Senado, resultado virou um
imbróglio. Para desfazer tudo isso, Wagner em entrevista à imprensa da capital,
afirmou que Rui Costa ia cumprir seu mandato até o final, e essa notícia causou
mais um imbróglio, o que fazer com João Leão (PP), vice-governador?
Insatisfeito,
com a notícia, por ter sido cientificado, através de uma entrevista, na rádio
Metrópole, Leão não deixou por menos, saiu para o contra-ataque, reunindo seu
grupo político para tomar um novo rumo. No entender dos “pepistas”, faltou
elegância de um grupo que há 16 anos caminhavam juntos, em comunicar a decisão
através da imprensa.
Leão se reuniu
em Brasília, com os caciques do PP e também em Salvador, com seu grupo, para
definirem qual o caminho a tomar. O que lhe contenta agora é uma vaga, para
concorrer ao Senado da República, e essa vaga ele deve encontrar na chapa da
oposição liderada pelo ex-prefeito ACM Neto. Até a semana passada, três nomes
estavam no páreo, os deputados Marcelo Nilo (sem partido), Felix Mendonça (PDT)
e o prefeito de Mata de São João – João Gualberto (PSDB).
E agora? Se três
nomes para Neto estavam dando dor de cabeça para montar a chapa, com essa
reviravolta ficou mais difícil. Com uma sinalização de abrigar o PP (Leão), na
chapa majoritária para o Senado, agora disputam além dos três nomes tem o quarto nome
do ex-prefeito de Feira de Santana, José Ronaldo, vai ser feito nova engenharia
e matemática política.
Inconformado
Leão
inconformado resolveu entregar os cargos, que mantinha no governo e não muito
distante ele também se desincompatibiliza, para entrar firme na campanha
eleitoral. Pergunta-se, quem ocupará esses cargos vagos deixados pelo PP? Serão preenchidos por partidos da base de oposição (Neto).
Resta agora
Neto (UB), resolver quem será seu companheiro de chapa, como vice-governador.
Governo
O Partido
dos Trabalhadores (PT), anunciou seu pré-candidato a governo, o professor Jerônimo
Rodrigues atual secretário Estadual de Educação, um nome desconhecido no
contexto político, é claro que o governador Rui Costa, fará o possível para torná-lo
em evidência, como aconteceu recentemente, ele já aparecendo, em inaugurações de
obras do governo, esse é um sinal que está consagrado o seu nome (Jerônimo), para
concorrer o cargo de governador, nas eleições próximas.
Diante desse
imbróglio político, causado pelo governo nesses últimos trinta dias, a bancada
de deputados governistas ficou à deriva, uns apoiavam a candidatura de Wagner,
outros apoiavam Rui e Otto para o Senado, agora ficaram sem saber a quem
seguir.
Enquanto
isso Neto (UB), vem alinhando seu projeto político, agregando novos valores,
bem avaliado nas pesquisas, mas isso não quer dizer “já ganhou”, tem muito o
que ocorrer, até se fechar a chapa, tem os ‘satisfeitos e os insatisfeitos’, antes
e depois da composição.
Avaliação
Dentro das
avaliações, para se chegar a fechar a chapa majoritária, se leva em conta uma
série de dados matemáticos, o partido, tempo de televisão, números de
parlamentares federal e estadual, prefeitos, e fundo partidário.
A fumaça
branca, não vai demorar de aparecer nos céus da Bahia, com a composição completa
da chapa de oposição. O governo já tem definido, professor Jerônimo Rodrigues,
para governador, Otto Alencar (PSD), senador e em breve será anunciado o nome
do vice-governador.
Uma semana
de muita pressão, reunião e acordos políticos, até chegar o denominador comum. A
política requer uma grande engenharia e cálculos matemáticos. (Itamar Ribeiro-SN)