Vini Jr, o futebol do povo e os “fracassados”

Nesta semana o Brasil se juntou ao resto do mundo para acompanhar o anúncio de melhor jogador de futebol do planeta. O craque brasileiro Vinícius Júnior despontava entre os favoritos. Analisando bem, com ou sem clubismo, entre os dez primeiros da lista, Vini Jr seria facilmente os dez.  Os feitos do camisa 10 do Real Madrid dentro de campo ultrapassaram e muitos os demais colegas do esporte. Futebol é drible, drible é arte Vini Jr é o principal artista do momento no quesito futebol arte. Não sendo um Pelé, um Maradona, um Romário, um Ronaldo Fenômeno ou Gaúcho e nem sendo um Messi, mas Vinícius Júnior foi perto deles com a bola nos pés.

Campeão da Supercopa da UEFA, La Liga, Supercopa da Espanha e UEFA Champions League, anotando o gol do título, Vinicius Júnior foi superado pelo espanhol Rodri na escolha do melhor do mundo pela revista France Football. O que muitos alegam é que o fator político de Vinicius no seu enfrentamento ao racismo pesou. Pesou também, o que segundo dizem, a forma provocadora do craque brasileiro dentro de campo. E que estas provocações resultam em falta de fair play com os jogadores adversários e por fim resultam nas ofensas que sofre das torcidas rivais.

Eu não preciso escrever como era Romário, Maradona, Edmundo, Zlatan Ibrahimovi?, Rooney, dentre tantos outros mega craques e gênios da bola, mas também, provocadores. Vinicius é de longe o melhor jogador do mundo e ponto final. Não temos nem mais o que discutir isso. O que temos que discutir é; que monótono futuro estamos criando para o futebol. E, se futebol é um esporte das massas, como impedir a militância por uma causa social que envolve as massas? Isso beira o ridículo do absurdo irracional.

O povo, se vê nos atletas e sonham vendo suas representatividades como uma “porta” de impulso para mudar de vida. Mudar a tão miserável vida. Um ídolo é o reflexo de um sonho de muitos. E o futebol cria muitos ídolos para muitas crianças e adolescentes que nascem em localidades sem perspectivas de nada com nada. O mundo social está um caos. E as minorias sociais, que são maiorias na linha da fraqueza e pobreza e, são as que mais financiam o esporte. Financiam pois consomem em grandes escalas. Esse consumo gera grandiosa audiência que é só o que importa para as grandes marcas. Sem audiência não tem investido. Então porque o povão não pode ouvir dentro de campo uma voz que grita em nome das suas dores? Se os organizadores não querem política Social dentro de campo que coíbam e punam severamente quem pratica tais ofensas sociais. E por fim e não menos importante.

Quem se sente humilhado com a arte do futebol que fiquem em casa e deixem, o campo para quem faz a arte de verdade. O brilho do futebol brasileiro sempre foi individual. Trouxeram esse tic-tac e nunca mais fomos campeões de nada. Não me venha com a desculpa de que são profissionais e pais de família e merecem respeito. O drible no futebol é o como o gol, o ápice da arte. É jogador contra jogador. Colocar seu profissionalismo e sua família como cortina para justificar sua incapacidade de produzir arte em campo é de uma mediocridade pessoal imensa. (Eduardo Tito)

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