Reforma Ministerial é a solução?

Sexta-feira
(2) a presidenta Dilma Rousseff (PT) anunciou a reforma ministerial. De 39
ministérios reduziu para 31, e noticiou a Comissão Permanente da Reforma do
Estado. Proclamou também a redução de três mil cargos comissionados.

Depois
de nove meses (segundo mandato) do governo Dilma, o ex-presidente Lula
conseguiu tirar do cargo o ministro Aloisio Mercadante da Casa Civil, cargo
cobiçado por Lula desde o inicio do segundo governo (Dilma), para indicar seu
aliado o ex-governador da Bahia Jaques Wagner e conseguiu. As deputadas Moema Gramacho
e Benedita da Silva foram sondadas pelo Planalto, para ocupar um cargo na
Esplanada, mas não deu.

O PMDB
conquistou mais um ministério, diga-se de passagem, um super ministério o da
Saúde. O partido detinha seis, agora são sete pastas. O PT ainda é o maior
partido com nove pastas no governo. O PTB tem duas pastas, com um ministério
ficam os seguintes partidos PSD, PDT, PCdoB, PRP e PP. No contexto ministerial,
oito ministros não integram a partidos políticos.

Para
enxugar a máquina administrativa federal foram anunciadas as seguintes medidas:

Criação
da Comissão Permanente da Reforma do Estado,

Extinção
de oito ministérios,

Extinção
de 3 mil cargos comissionados,

Eliminação
de 30 secretarias ligadas a ministérios,

Redução
de 10 nos salários dos ministros,

Corte
de 30 nos gastos de custeio,

Redução
de gastos com telefone, passagens e diárias em ministérios. Essas reduções, segundo
a presidenta Dilma em seu discurso, são temporárias.

Ao
longo da semana o discurso da presidenta Dilma terá desdobramentos. Pautas
transitórias estão no Congresso Nacional, mais conhecidas como [pautas bombas].
É conciso saber, se no entendimento de Dilma, a reforma ministerial, que ela
mesma tem dito, que se faz necessário de estabilidade política vai solucionar
os problemas do país. Uma ala do PMDB não comunga com essa reforma política.

O
crescimento do país se dá de outra maneira, estimular a indústria, a
agroindústria, comercio, serviços e não mudando ministros e acabando
ministérios, agregando secretarias aos ministérios existentes, e propondo ao
Congresso Nacional aprovação de mais impostos para os brasileiros. Ainda é cedo
para avaliar essa reforma ministerial. (Itamar Ribeiro)

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