Feira de Santana: Repensar a política local

O que vem acontecendo com a política feirense? Nas
últimas eleições 2010, 2014, o município vem decrescendo em representação
política no Congresso Nacional e na Assembleia Legislativa Baiana. As urnas de
domingo passado (5) registraram essa afirmativa. Nenhum candidato a deputado
federal teve êxito isto é foi eleito para a nova legislatura. Os candidatos
para a Câmara Federal Colbert Filho (PMDB), obteve 46.642 votos na cidade, Zé
Chico (DEM) 32.905 votos, o deputado Fernando Torres (PSD) 26.856 votos. Os
demais votos foram destinados a candidatos que migram de outros municípios ou
regiões e conquistam votos através de cabos eleitorais. 

Ao todo foram dados
31.641 votos aos candidatos chamados Copa do Mundo ou forasteiros (não tem
domicilio eleitoral local), Valmir Assunção, Jorge Solla, Moema Gramacho, Josias
Gomes, Luis Caetano, Nelson Pelegrino, Afonso Florence, Waldenor Pereira,
Robinson Almeida, Yulo Oiticica, Luiz Alberto, Emiliano José e Amauri Teixeira
(PT), Daniel Almeida, Alice Portugal, Davidson Magalhães (PCdoB).

Com votos de eleitores feirenses foi eleito, o candidato
a deputado federal com ramificação na cidade (Feira de Santana), o Irmão Lázaro
(PSC), que contou com 26.856 votos.

Com essa queda acentuada da não representatividade na
Câmara Federal, fica difícil, o município receber de volta do governo federal,
as chamadas emendas parlamentares que não é nada mais do que retornar para o
município o que lhe é devido. A municipalidade paga seus tributos direto e
indireto e é necessário ter representantes para fazer valer a recompensa.

A representação municipal tem que sair de gabinete em
gabinete dos eleitos, que tiveram votos no município, implorando para colocar
uma emenda aqui, outra ali. É necessário repensar a política feirense e
preparar novos nomes, para as futuras eleições e não se esquecer da formação ou
conscientização do eleitor local, de seu compromisso com sua cidade.

(Itamar Ribeiro, professor, jornalista e comentarista
político)

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