O segundo turno das eleições de 2014 acontece domingo
(26). Na campanha eleitoral, o eleitor esperava dos postulantes ao cargo de
presidência da República, anúncio de propostas, projetos, mesmo que viesse a
sonhar no futuro, se elas se tornariam reais ou não. O que o eleitor viu ao
longo desse período eleitoral foi agressão verbal (mentirosa, leviana, etc),
xingamentos entre os candidatos desde o primeiro turno culminando no segundo
turno.
Voltamos à velha política, da condenação de postulantes
ao cargo. No mundo midiático em que vivemos, não queremos ver mais isso e sim,
soluções do país, na economia, na produção, na geração de emprego e renda e
principalmente na educação, segurança e saúde pilares básico do estado com o
cidadão.
Hoje, me chamou atenção e até porque fica a curiosidade
do ouvinte ou telespectador no novo modelo de debate dos candidatos na mídia.
Parece que estão num ringue aguardando o mediador (apresentador/juiz) autorizar
o inicio da competição e uma vez autorizado, ele não tem poder para interromper
até que finalize o tempo devido (pergunta, réplica e tréplica).
Por que a imprensa ficou de fora dos palanques
eletrônicos?. Quando anteriormente tinha um papel importante, na formulação de
questionamentos aos candidatos. As questões dos profissionais de imprensa por
certo agradariam ao eleitor, mas contrariava os candidatos. Faltou habilidade
dos candidatos e seus assessores. Num país em que a cada dois anos têm
renovação eleitoral e a juventude plugada com a internet é sensata abrirmos
mais o debate na mídia e com quem entende de comunicação social.
Ouvindo hoje (24), o comentário na rádio CBN do
professor e jornalista da Universidade de São Paulo (USP) Eugenio Bucci, ele
revelou: houve um acordo entre os líderes da campanha dos partidos PT e PSDB de
não aceitar a participação da imprensa nos debates nos meios eletrônicos. Ora a
imprensa ficou distante o ouvinte e o telespectador ficou à mercê do prato feito (PF) preparado
pela organização dos debates. E qual o
receio da imprensa em participar? É porque a imprensa tem opinião, investiga,
critica o poder? Seria importante a participação da imprensa nos debates nos
meios de comunicação.
(Itamar Ribeiro é professor acadêmico, jornalista e
comentarista político)