O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso, respondeu neste domingo (20) a um artigo da revista britânica The Economist, que criticou a atuação da Corte brasileira e focou as críticas no ministro Alexandre de Moraes.
Em nota oficial, Barroso afirmou que foi “necessário um tribunal independente e atuante para evitar o colapso das instituições”, citando exemplos em outros países da América Latina e do leste europeu.
Ele negou qualquer “crise de confiança” no STF e explicou que decisões individuais — como a suspensão do X (ex-Twitter) — foram posteriormente confirmadas pelo plenário. Segundo Barroso, a plataforma violou normas ao retirar seus representantes do Brasil, e os conteúdos removidos envolviam crimes ou tentativas de golpe de Estado.
Barroso também refutou a ideia de que o STF teria “derrotado Bolsonaro”: “Foram os eleitores”, afirmou. Ele explicou ainda que as denúncias contra o ex-presidente estão seguindo o rito normal, sendo julgadas pelas Turmas da Corte, como previsto. “Se a animosidade do réu com os ministros fosse critério de suspeição, bastaria atacarem o tribunal para não serem julgados”, escreveu.
Ao finalizar, Barroso disse que o artigo da revista britânica favorece a narrativa de quem tentou o golpe, e não reconhece o atual estado de plena democracia no Brasil. (bahia.ba).
Foto: Antônio Augusto/STF