Eleições 2020: Quase 150 milhões de brasileiros vão às urnas neste domingo

O primeiro turno das eleições municipais de 2020 acontece neste domingo (15), com 147.918.483 eleitores aptos para escolher vereadores, prefeito e vice-prefeito de 5.567 municípios. Tradicionalmente realizada no primeiro domingo de outubro, a votação foi adiada em função da pandemia do novo coronavírus.

A exceção ficará por conta da cidade de Macapá, afetada pelo apagão de energia elétrica que atinge o estado do Amapá e seus impactos na logística e na segurança do pleito. Por lá, as duas etapas da votação acontecerão nos dias 13 e 27 de dezembro deste ano.

Também não votam para prefeito os moradores das cidades de Brasília, administrada pelo governador do Distrito Federal, e de Fernando de Noronha (PE), arquipélago governado por um administrador escolhido pelo governador de Pernambuco.

O maior colégio eleitoral do país é o da cidade de São Paulo, onde 8.986.687 pessoas estão habilitadas para votar nas eleições municipais. O estado de São Paulo também é o que concentra mais votantes, com 33.565.294 eleitores distribuídos entre os 665 municípios paulistas.

Na outra ponta, o município que concentra o menor eleitorado do país é Araguainha (MT), com 1.001 eleitores. Esta eleição será a primeira com votação para prefeito e vereador na cidade de Boa Esperança do Norte (MT).

Os números da eleição

As mulheres adultas com ensino-médio completo, entre 35 e 39 anos, representam a maioria dos eleitores nas eleições municipais de 2020.

Dos 147,9 milhões de eleitores, o TSE informa que 52,5% são mulheres e 47,5%, homens. São 9.985 eleitores habilitados a votar utilizando o nome social, que beneficia pessoas transsexuais e transgêneras. Candidatos com nome social são 171, um aumento de 489%.

O tribunal contabiliza 1.158.405 eleitores autodeclarados como deficientes físicos ou intelectuais. A depender da deficiência do eleitor, a Justiça Eleitoral promove adaptações no processo.

Eleitores com problema de mobilidade contam como salas de votação localizadas no térreo das escolas, por exemplo. Este é o caso mais comum, representando 417.239 eleitores, ainda segundo o painel do TSE.

Do outro lado da mesa, são 19.348 candidatos a prefeito e 518.328 candidatos a vereador. Tal qual uma prova de vestibular, há uma relação de candidato por vaga, que é alta, mas não chega à dos cursos mais concorridos em um desses processos.

Em todo o país, são 3,47 candidatos a prefeito por cada vaga, enquanto há 8,9 postulantes a vereador para cada uma dessas posições disponíveis.

A ocupação mais informada pelos candidatos é a indefinida ?Outros?, que representa 21,41% do total. Entre as preenchidas, aparecem como mais populares ?agricultor?, com 6,83%; servidor público municipal, com 6,37%; e ?empresário?, com 6%.

Pandemia

Mobilizar tantas pessoas durante a pandemia da Covid-19 é, naturalmente, um desafio. Para mitigar os riscos de contaminação pelo novo coronavírus, o TSE elaborou o Protocolo de Segurança Sanitária, em parceria com autoridades médicas.

Entre eles estão eliminação de pontos de contato físico, adoção de etapas de higienização com álcool em gel, caneta individual, preferencialmente do próprio eleitor, e o uso de máscaras de proteção individual.

Na urna

Após chegar à urna, o eleitor terá duas etapas de votação. Na primeira, poderá votar em um candidato a vereador. Postulantes às Câmaras Municipais são representados por uma sequência de cinco números, sendo os dois primeiros correspondentes ao partido político.

O eleitor pode ainda escolher apenas um partido, digitando os dois números da legenda. Ou optar por anular, apertando a tecla ?Branco? ou um número inexistente na urna eletrônica e confirmando. Vereadores são escolhidos pelo sistema proporcional, em que candidatos do mesmo partido se ajudam entre si. Entenda como funciona a eleição de vereadores no Brasil.
Na sequência, o voto para prefeito e vice-prefeito. São dois números, do partido político do candidato a prefeito. Para anular, o processo é o mesmo, apertar a tecla ?Branco? ou um número inexistente.

O número dos candidatos a prefeito e vereador podem ser consultados no sistema DivulgaCandContas, do TSE, onde também estão disponíveis informações sobre patrimônio, programa de governo e coligação.

No estado do Mato Grosso haverá uma terceira e última etapa de votação. Os eleitores do estado escolherão também um candidato a senador para ocupar a vaga aberta após a cassação da ex-senadora Selma Arruda (Podemos) e de seus suplentes, no ano passado, pela prática de abuso de poder econômico e arrecadação ilícita de recursos nas eleições de 2018.

Para senador, são três números. Os dois primeiros correspondem ao partido do candidato e o último é escolhido pela chapa no momento do cadastro. A sequência também pode ser consultada no sistema do TSE.

Créditos: CNN Brasil
(Terra Brasil Noticias)

Rui critica clima de ‘já ganhou’ e diz que pleito municipal não terá impacto em 2022

O governador da Bahia, Rui Costa (PT), afirmou neste domingo (15) que o resultado das eleições municipais não deverão ecoar no xadrez político a ser definido para as disputas estaduais e pela Presidência da República em 2022.

?Eleição municipal não determina estadual nem nacional. Agora está ocorrendo o inverso. Em 2018, nós tivemos uma onda de extrema direita de Bolsonaro. Agora, eu não diria que é uma onda, mas há uma reação do eleitorado, tendendo a uma simpatia mais com esquerda e centro-esquerda?, declarou ao lado da prefeiturável Denice Santiago (PT), que votou na Uneb, no Cabula.

?Eleição municipal tem sua característica própria. O eleitor define conforme as condições da cidade, não necessariamente nacionaliza seu voto. E não tem essa implicação com 2022?, reiterou o governador.

Sem mencionar nomes de adversários, Rui Costa criticou o que vê como clima de ?já ganhou? propagado por partidários de Bruno Reis (DEM), apontado como favorito na corrida ao Thomé de Souza – levantamento divulgado pelo Ibope no sábado (14), por exemplo, mostrou que o democrata concentra 66% das intenções de voto.

Huck e Moro se encontram para discutir aliança na eleição presidencial de 2022

Mirando a eleição presidencial de 2022, o apresentador de TV Luciano Huck e o ex-juiz Sergio Moro estão se articulando para firmar uma aliança.

O primeiro encontro entre os dois ocorreu no dia 30 de outubro, em Curitiba, no apartamento de Moro. O convite para a reunião partiu ex-ministro do governo de Jair Bolsonaro.

Após uma longa reunião ficou acertada a intenção de união para formar uma espécie de ?terceira via? para a corrida do Palácio do Planalto.

Segundo informações da coluna Painel, da Folha de S.Paulo, o apresentador da TV Globo e o ex-juiz concordaram que há espaço para a construção de uma candidatura em 2022 com a marca da ?racionalidade?.

Em outras palavras, que não esteja atrelada nem à direita ligada a Bolsonaro nem à esquerda que orbita em torno de Ciro Gomes (PDT) e do PT do ex-presidente Lula.