“Perseguido”, dispara Michelle sobre ausência de Bolsonaro na posse de Trump

Em estadia nos Estados Unidos, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) expressou tristeza por seu marido, Jair Bolsonaro (PL), que não vai comparecer à posse do presidente norte-americano, Donald Trump. Em entrevista à Folha de S.Paulo, ela disse que, embora Bolsonaro não pudesse estar presente, levaria o “abraço” do ex-presidente ao aliado.

“Bolsonaro pediu que eu levasse o carinho e o respeito que ele tem pelo presidente. Eles têm uma relação construída sobre os mesmos valores e princípios. Trago o abraço dele e o carinho dele ao presidente Donald Trump”, afirmou Michelle.

Antes de embarcar para Washington D.C., Michelle já havia mencionado que seu marido sofre perseguição da Justiça. Bolsonaro foi indiciado em novembro passado por suspeita de envolvimento em tentativa golpista para impedir a posse do presidente Lula (PT) em 2022.

“É um sentimento de tristeza, mas temos certeza de que o ex-presidente Jair Bolsonaro, que obteve 58 milhões de votos, está sendo perseguido pelo Judiciário. Ele deveria estar aqui, ele é amigo do presidente Trump, amigo da América, e gostaria muito de estar presente neste momento tão importante, que é a posse do presidente”, concluiu a ex-primeira-dama.

Coronel cria condições para que PSD indique eventual sucessor de Adolfo, impondo derrota a Wagner e ao PT na Assembleia; veja nomes

O acordo em torno da eleição à presidência da Assembleia Legislativa firmado este fim de semana que pacificou a base também assegurou ao PSD a indicação do candidato do governo à sucessão do presidente Adolfo Menezes no caso de ele ser impedido judicialmente de cumprir o mandato.

O partido de Adolfo e dos senadores Otto Alencar e Angelo Coronel terá, portanto, a primazia de manter o controle do Poder Legislativo em caso de cassação do presidente, que decidiu concorrer à reeleição de última hora, incentivado pela popularidade entre os colegas, apesar de a legislação proibir o expediente nas Casas Legislativas.

Firmado pelo senador Jaques Wagner (PT), pelo próprio Adolfo e pelo deputado federal Diego Coronel, o entendimento foi considerado, no entanto, uma vitória da família Coronel sobre o PT e o líder petista, que articulava o lançamento da candidatura do deputado Rosemberg Pinto à primeira vice-presidência.

Na posição, Rosemberg poderia assumir automaticamente o comando da Assembleia no caso de o mandato de Adolfo ser cassado, assegurando ao PT pela primeira vez, nestes quase 20 anos em que comanda o Estado, o controle também do Legislativo, estratégia que Wagner passou a defender abertamente nos últimos meses.

Ao lançar a candidatura do filho, o deputado estadual Angelo Coronel Filho, também à primeira vice, o senador do PSD produziu uma aura de instabilidade na base que poderia rachá-la, aproveitando-se da resistência dos deputados, do governo e da oposição, à eleição de um petista para o comando da Assembleia.

O plano de Coronel era, com a eleição do filho, criar as condições para impor sua candidatura à reeleição na chapa governista em 2026, à qual Wagner e o PT se opõem. Com medo de que a disputa entre PT e PSD na Assembleia fraturasse a base governista, Wagner recuou e praticamente propôs os termos do acordo ao outro filho de Coronel que é deputado federal.

Pelo entendimento, será aprovada uma alteração no Regimento da Assembleia estabelecendo que o primeiro-vice terá a obrigação de convocar imediatamente eleições para eleger o novo presidente em caso de vacância, o que elimina a atratividade política que a posição detinha até agora.

Com a restrição, a disputa da vice-presidência, calcada na expectativa da cassação do mandato de Adolfo, deixou de ser interessante tanto para Rosemberg quanto para Angelo Filho. Não por acaso, o principal argumento de Coronel em favor do filho, que acabou dando musculatura à candidatura de Angelo Filho, era o de que o PT não poderia assumir a presidência da Assembleia no “tapetão”.

Com o direito de disputar a eventual sucessão de Adolfo assegurado, o PSD já discute os nomes que pode apresentar para concorrer: estão entre eles o do próprio Angelo Filho e os dos deputados Ivana Bastos, Eduardo Alencar e Alex Viana.

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