O deputado federal Elmar Nascimento (União) admitiu o desejo de ocupar uma cadeira no Tribunal de Contas da União (TCU). Conforme já havia relevado a coluna Radar do Poder, esse movimento abre uma disputa pelo espólio eleitoral do parlamentar.
“A decisão a gente toma quando o momento exige, todas as opções estão postas. Em fevereiro, nós vamos ter uma vaga no TCU, quem não gostaria? Vou avaliar, porque se eu sair (candidato), é para ganhar”, declarou Elmar em entrevista publicada nesta quarta-feira (09) pelo jornal O Globo.
A vaga aberta em fevereiro no tribunal é a do baiano Aroldo Cedraz, que se aposenta de forma compulsória. Entretanto, o PT alega que a cadeira é do partido, em função de um acordo que resultou na eleição do deputado Hugo Motta (Republicanos-PB) como presidente da Câmara.
“Como você vai convencer, em ano de eleição, a bancada do PL a votar em alguém do PT? Por ser ano eleitoral, eles começam com 150 votos contra”, afirmou Elmar na mesma entrevista.
Dois deputados estaduais disputam o direito de herdar o espólio eleitoral de Elmar caso o projeto do TCU dê certo: Júnior Nascimento, que é primo, e Marcinho Oliveira, aliado fiel, liderado e amigo pessoal do parlamentar federal, que recebeu mais de R$175 mil votos no pleito de 2022.
Como revelou a coluna Radar do Poder, existe a possibilidade, inclusive, de os dois deputados estaduais concorrerem à Câmara Federal em 2026, numa divisão geográfica do espólio.
O salário de ministro TCU, chamado de subsídio, é de R$ 41,8 mil, que assegura um ganho anual de pelo menos R$ 546 mil, incluindo o 13º salário e o 1/3 de férias constitucionais. Como, no entanto, além deste subsídio mensal generoso que recebem, os ministros ainda se servem de diversas vantagens, abonos e outras remunerações, eles quase triplicam seus ganhos anuais, que podem ultrapassar a cifra de R$ 1,3 milhão. (Política Livre).
Foto: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados