Megaoperação busca combater esquema de sonegação fiscal e lavagem de dinheiro no setor de combustíveis; não há informações que estabeleçam uma relação direta do grupo investigado com a facção
O grupo investigado na Operação Poço de Lobato, deflagrada nesta quinta-feira (27), em São Paulo, mantém relações financeiras com empresas e pessoas ligadas à Operação Carbono Oculto, que apura o envolvimento do PCC (Primeiro Comando da Capital) no mercado de combustíveis, de acordo com a investigação.
Contudo, não há informações que estabeleçam uma relação direta do grupo investigado com a facção criminosa.
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O esquema consistia em uma companhia financeira principal que controlava várias subsidiárias, criando transações complexas que dificultavam a identificação dos reais beneficiários.
Assim como ocorreu na Carbono Oculto, foram aproveitadas brechas nas regulamentações, como as “contas-bolsão”, que dificultam o rastreamento do fluxo de recursos. A principal financeira possuía 47 contas bancárias em seu nome, relacionadas contabilmente às empresas do grupo.
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Após a interrupção das distribuidoras associadas à Carbono Oculto, o grupo investigado reformulou completamente sua estrutura financeira, adotando um novo modelo com novos operadores e empresas, diferente do que tinha sido utilizado desde 2018, de acordo com as investigações.
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O objetivo principal da operação, conduzida por diversos órgãos estaduais e federais, é combater um sofisticado esquema de sonegação fiscal e lavagem de dinheiro no setor de combustíveis. (Beto Souza, da CNN Brasil, em São Paulo).
Foto: Refinaria Refit, no Rio de Janeiro • Receita Federal

