O governador nega assédio político a prefeitos aliados de ACM Neto e acusa o carlismo de manter práticas “chantagistas”.
A reunião conduzida por ACM Neto com a bancada de oposição da Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA), segunda-feira (24), mostrou efeito imediato no clima político do parlamento. Dois dias após o encontro (26), o deputado Sandro Regis (UB) elevou o tom e quebrou o acordo de convivência firmado entre governo e oposição durante o pequeno expediente, ao exigir verificação de quórum e travar a continuidade da sessão. A atitude foi interpretada como uma resposta direta ao esforço de reorganização da oposição estimulada por Neto.
Paralelamente, parlamentares oposicionistas se dizem indignados com o que classificam como “assédio político” do governador Jerônimo Rodrigues (PT) a prefeitos ligados ao grupo de ACM Neto, como Zé Cocá, de Jequié, e Moab Santana, de Riachão das Neves. Questionado pela imprensa, o governador negou qualquer negociação eleitoral ou troca política com os gestores. “Em momento algum houve conversa com o prefeito Moab sobre negociação de investimento. Não tratamos prefeito fazendo troca de moedas entre benefício e voto para 2026”, afirmou.
Jerônimo também rebateu acusações de pressão e afirmou, que eventuais interpretações distorcidas, não partiram de sua gestão. Segundo ele, o encontro recente com Moab ocorreu, apenas para assinatura de convênios na área social. O governador aproveitou para criticar o grupo adversário. “Já foi o tempo do coronelismo, muito embora o ex-prefeito, como é neto, o movimento carlista ainda guarda um ranço de chantagem ou braveza”, declarou, acrescentando que seguirá governando com foco na população: “O povo não merece castigo. Estou colocando o melhor de mim para combater a pobreza, a fome e o analfabetismo”.
Da Redação – Soterópolis Notícias
Foto: Panorama da Bahia

